VIAGEM CULTURAL
Filemon Martins
Numa dessas ocasiões, minha filha
Maíse estava em gozo de férias e pôde nos acompanhar na viagem à Ipupiara,
Bahia, onde ficaríamos alguns dias. Programamos passar, pelo menos, uma semana
em Salvador, a capital baiana. Em Ipupiara, visitamos parentes e amigos da
cidade e dos arrabaldes. Uma amiga Odete Durães Filha, proprietária do Hotel
Ipupiara, e também de um apartamento em Salvador, nos cedeu gentilmente o apto,
onde pudemos passar uma semana.
Chegando em Salvador pela manhã,
rumamos para o apartamento e o transformamos num dormitório. Todos os dias
estávamos batendo pernas. Na parte da
manhã fomos conhecer algumas praias de Salvador, entre outras, PRAIA DO PORTO
DA BARRA, PRAIA DO FAROL DA BARRA, PRAIA DE ITAPUÃ, JARDIM DE ALÁ E PIATÃ.
Adotamos para banhos a praia de
piatã, onde íamos pela manhã e almoçávamos lá mesmo. Foi quando descobri que
minha filha gostava de comida fora de casa, almoçava bem, peixe, frango a
passarinho, e o que mais viesse.
Visitamos o famoso Pelourinho,
Mercado Modelo, Farol da Barra, entre outros. Visitamos também alguns
shoppings, como IGUATEMI, hoje Shopping da Bahia, Salvador Shopping, entre
outros, além das ruas comerciais no centro de Salvador, que logo conquistou minha
filha Maíse. No Mercado Modelo vimos e compramos alguma coisa, por exemplo, uma
tela pintada por artista de lá e uma baiana.
Estivemos em inúmeras Igrejas,
especialmente no Convento e na Igreja São Francisco, a mais famosa de Salvador,
onde, na época, só era permitido fotografar nos corredores do convento, mas um
cidadão se prontificou fotografar dentro da Igreja os três turistas de São
Paulo.
Para visitar a Cidade Baixa,
fomos conhecer o Elevador Lacerda, que liga a Praça Tomé de Sousa, na Cidade
Alta com a Praça Cairu, na Cidade Baixa, inaugurado parcialmente em 1873, um
transporte público, que virou ponto turístico de Salvador.
Um capítulo à parte foi nossa
visita à Ilha de Itaparica, porque compramos os tickets para três pessoas, eu,
esposa e a filha Maíse. Chegando no Terminal Marítimo, na hora do embarque
minha esposa se recusou a entrar na Lancha Grande, minha filha decidida não
abriu mão do passeio. Negociamos, mas não houve jeito. Minha mulher ficou nos
esperando na Marina e nós, eu e a filha embarcamos nessa aventura para conhecer
a Ilha.
Maíse adorou o passeio, não parou
de fotografar grandes embarcações que cruzavam o mar, bem assim um grupo de
golfinhos e cardumes de peixes que passavam fazendo graça. Visita memorável,
mas preocupado com a mulher que não quis fazer companhia pra gente. Depois de
dar uma voltinha pela Ilha, voltamos. Enquanto isso, minha mulher que ficou na
Marina nos aguardando havia levado uma sacola com caquis e os devorou todos,
embora estivesse com dinheiro para comprar lanche ou almoçar.
Parece que tivemos sorte naquela
semana, tendo em vista o que se ouve e vê pela televisão. Durante aqueles dias
não houve chuvas, não presenciamos nada que pudesse desabonar a cidade de
Salvador. E olha que só à noite chegávamos no apartamento para dormir. Os dias
ensolarados e bonitos aproveitamos para bater pernas, inclusive para algumas
ruas do centro, onde o comércio é uma grande muvuca. Findo o nosso tempo em
Salvador, voltamos para Ipupiara, onde ficamos o restante de nossas férias.
Depois de tudo isso, voltamos ao batente. Voltamos a São Paulo, com muita
vontade de lá voltar.
Obs.: Agradecimentos a Maíse,
minha filha, que me fez lembrar de muitos lugares por onde passeamos e
curtimos. Pena que naquela época não havia celular. Era a máquina fotográfica
mesmo.
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