PROMESSA
Maria Helena
Depois, verás! O vento há de cantar
estranhas melodias ignoradas
e a tona verde, líquida do mar,
há de encher-se de rosas encarnadas.
O sol será mais sol, mais tutelar
a aquecer terras frias, mãos geladas,
e os voos hão de erguer-se pelo ar
no encantamento de asas libertadas.
Depois verás! Nem cruzes nem espinhos!
E há de haver água em todos os caminhos
e em cada sombra o riso do lampejo.
Há de crescer o bem, secar o mal,
quando eu florir teus lábios de mortal
com a imortalidade do meu beijo!
(OS MAIS BELOS SONETOS QUE O AMOR INSPIROU, PÁGINA 268, VOLUME II - 1966 - J. G. DE ARAÚJO JORGE)
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