quarta-feira, 31 de maio de 2023

ANTES QUE A NOITE CHEGUE

 

                                                    (FOTO DO MEU ARQUIVO)


ANTES QUE A NOITE CHEGUE...

Filemon Martins


Quando o sol se debruça no horizonte

deixando a tarde bela e mais fagueira,

antes que a lua, pelo céu, desponte,

a saudade se achega e faz trincheira.


Ao longe, em tom avermelhado, o monte

transmite uma quietude verdadeira,

trazendo ao coração o som da fonte

que canta, docemente, em corredeira.


Assim, vou recordando os tempos idos,

sonhos fagueiros, lindos e vividos,

que a memória jamais vai esquecer...


E, antes que chegue ao fim dessa jornada,

terei, por certo, em minha caminhada

muitos versos de amor para escrever.


DESABAFO

 

                                                        (IMAGEM DA INTERNET)


DESABAFO

Filemon Martins


Não reclamo da vida turbulenta e triste

que a predestinação me faz levar, talvez,

nem quero levantar a voz ou o dedo em riste

para acusar alguém de tanta insensatez.


A consciência cruel por certo não resiste

fazer o bem, amar, viver com honradez.

É próprio do invejoso que na falta insiste

muito disfarce, engodo, mágoa e morbidez.


O calvário de Cristo nos mostrou o quanto

a Humanidade é mesmo pobre e desprezível,

a ponto de matar um verdadeiro santo...


E desde então as coisas só se complicaram,

o aumento dos Pilatos se tornou visível

e os Judas, com certeza, se multiplicaram!



EM FRENTE AO MAR...

 

                                                    (FOTO DO MEU ACERVO)


EM FRENTE AO MAR...

Filemon Martins


Em frente ao mar eu observo as ondas

num vaivém sem fim,

e vejo que a onda ao chegar à praia

beija a areia com febril paixão,

ecoando sua voz dentro de mim...


Quando a praia está assim deserta

falamos a sós de amor entre nós dois,

trocamos intérminas confidências,

- sonhos e medos -

enquanto ele ouve as minhas mágoas,

eu celebro meus versos em suas águas

e assim ninguém conhece os meus segredos...





CONTRASTE

 


CONTRASTE

Aristeu Bulhões (Maceió-08/06/1909 a 31/10/2000-Santos, SP)


No chão do meu quintal, que rústico era,

Eu, que de sonhos enfeitava a vida,

Numa linda manhã de primavera,

Plantei ramos de uma árvore caída...


E, cheio de ilusão e de quimera,

Abandonei a terra estremecida

Como o viajante que atingir espera

A rósea meta, a que o Ideal convida...


Anos depois voltei... Na alma cansada

Nem mais um sonho, uma ilusão trazia

Porque tudo eu perdera na jornada.


Mas, cada ramo que plantei a esmo,

Era uma árvore imensa que floria

Para arrimo e conforto de mim mesmo.

terça-feira, 30 de maio de 2023

POR QUE É TÃO DIFÍCIL ESPERAR?

 

                                                                (FOTO DA INTERNET)


POR QUE É TÃO DIFÍCIL ESPERAR?

Filemon Martins


Esperar sempre foi muito dolorido. Qualquer que seja o motivo da espera não é agradável a ninguém ficar esperando, ansioso,  preocupado com alguém, alguma coisa, resposta de um emprego, resultado de um exame, um presente ou até mesmo o reencontro entre duas pessoas.

Nesses momentos, os minutos, as horas e os dias são preenchidos com os mais variados sentimentos e sensações: dor, saudade, medo, angústia, tristeza, mágoa, lágrimas, alegrias.

O passado, que parecia esquecido e enterrado, volta como um fantasma assombrando o presente.

Era assim que Calebe se sentia. Na vida teve muitos amores fúteis, vazios e inconsistentes. Nada prosperou em meio às discussões e incompreensões que acabaram por toldar seus relacionamentos afetivos. Ele conversava com amigos mais íntimos, com os quais se identificava melhor, entre outros, Tobias, Isaac, Thiago, Murilo e  Bento. Thiago lembrou a Calebe que tudo isso faz parte da vida, do nosso crescimento como seres humanos. Todos nós temos uma cruz para carregar. Algumas pesam mais, outras menos, mas todos nós temos uma missão a cumprir.

Há um episódio bíblico, quando Jesus levou três discípulos para o lugar chamado Getsêmani, Pedro, João e Tiago, com a recomendação de esperar, vigiar e orar, enquanto o Mestre foi um pouco mais adiante para orar. ¨Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo não seja o que eu quero, mas faça-se a tua vontade¨.

Depois ao voltar, encontrou-os dormindo. Não conseguiram esperar, vigiar e orar. - Comentou Bento.

É bíblico: ¨Tome cada dia a sua cruz e siga-me¨. Todos nós vamos seguindo a estrada, mas só você poderá carregar o seu fardo. Assim, continuou Bento, você  encontrará um jeito de carregar a sua cruz  e  certamente na jornada da vida  vai descobrir alguém que queira dividir com você o peso da cruz e as venturas da vida. 

Calebe ficou parado, introspectivo, mas tomou uma decisão: a partir daquele dia, viveria uma vida de diálogo, união e esclarecimento de todos os sentimentos e emoções sentidas e vividas.

Os dias, meses foram passando e o novo Calebe encontrou a Rute, com quem iniciou uma amizade despretensiosa. A moça, que trabalhava e estudava,  também almejava encontrar alguém para seguir juntos pela vida afora.  Com o correr do tempo, a amizade virou namoro, noivado e casamento como dita as normas sociais. O amor renasceu, a vida refloriu e os sonhos também renasceram! Agora desfrutam de uma vida plena de afeto, compreensão, perdão e superação, como deve ser.  

  

  




MÃOS VAZIAS

 

                                                        (FOTO DA INTERNET)


MÃOS VAZIAS

Thiago Rocha

 


No dia em que da vida der adeus,

para o descanso na mansão futura,

irei me apresentar perante Deus,

para o juízo de toda criatura.


Quando soar meu nome lá nos céus,

na voz de meu Senhor, tão mansa e pura,

para julgar, solene, os atos meus,

como estarei, então, naquela altura?


Quando Jesus disser: “O que fizeste

dos talentos e dons que recebeste,

para servir aos outros, nos teus dias?”


Ao estender as mãos, ao seu mandado,

e olhando as minhas obras, no passado,

como estarão as minhas mãos? Vazias?


(BLOG POESIA EVANGÉLICA, SAMMIS REACHERS) 


 

QUANDO TUDO DESABA

 

                                                            (FOTO DA INTERNET)


QUANDO TUDO DESABA

Eber Jamil

 


Quando tudo desaba

Algo fica em pé: A minha fé.

Quando tudo desaba

Há algo que possa fazer: Interceder.

Quando tudo desaba

Tenho motivo para sorrir,

Porque Jesus é minha força motriz.

Quando tudo desaba

Aprendo a humildade

Porque só em Cristo

Há possibilidade.

Quando tudo desaba

Há alguém para me socorrer:

Jesus Cristo, o Rei.

Quando tudo desaba

Chego a conclusão

Que dizer “tudo acabou”

É um engano,

Porque em tudo

Deus tem um plano.


(BLOG POESIA EVANGÉLICA, SAMMIS REACHERS) 


 

MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA - EDUCAÇÃO ESCOLAR E GRADUAÇÃO

 



MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

EDUCAÇÃO ESCOLAR E GRADUAÇÃO II (Continuação do texto publicado neste BLOG em 08/05/2023)

Saul Ribeiro dos Santos saul.ribeiro1945@gmail.com


O jornal Folha de S. Paulo, publicou na coluna “Tendências/Debates”, importante artigo sob o título “Não há bala de prata na educação”, escrito pela professora e colunista Maria Alice Setúbal, (4) que começa dizendo textualmente o seguinte:

“A sociedade brasileira elegeu a educação pública como prioridade nacional. Dos clamores das ruas aos pais e gestores dos Municípios da Chapada Diamantina, são exigidas mudanças que promovam uma educação de qualidade para todos”.

A boa formação escolar/acadêmica facilita o ingresso no mercado de trabalho. Os profissionais bem-sucedidos no mercado de trabalho do amanhã são os jovens de hoje que enfrentam os estudos com seriedade e interesse. As melhores oportunidades no mercado de trabalho surgem para aqueles que estão bem preparados e tomam iniciativa.

Prefeitos e vereadores enfrentam uma grande luta, que é a de fornecer educação e instrução escolar de boa qualidade com o objetivo de melhorar a vida de todos. Os desafios são muitos. O maior desafio é adotar uma nova mentalidade para aceitar as novas tecnologias. É necessário realizar investimentos não apenas na construção de novas escolas, mas também em materiais didáticos, mobiliários e outros equipamentos para as escolas. Simultaneamente é necessário promover a capacitação e atualização profissional do corpo docente e demais servidores que trabalham neste importante setor, sem esquecer a remuneração compatível. Cursos, palestras, simpósios e congressos são importantes para o aprimoramento dos professores na missão de educar.

A Prefeitura de cada Município, através da Rede Municipal de Ensino, mantém escolas em pleno funcionamento, distribuídas pelos bairros da cidade e pelos povoados, na zona rural. Geralmente as escolas do ensino médio estão concentradas na sede do Município e em Distritos com maior número populacional.

É necessário destacar que todos os Municípios da Chapada Diamantina são beneficiados pela Rede Estadual de Educação com colégios considerados de bom nível, que oferecem cursos diurnos e noturnos.

A educação escolar, a escolaridade ou o rendimento escolar é atribuição do professor, mas também é dever e privilégio do aluno. Para alcançar o progresso é necessário estudar, agindo na direção certa. As escolas precisam enfrentar os desafios ou as batalhas para melhorar os números apresentados nos relatórios que servem de base para consolidar o Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). É necessário atingir as metas do desempenho estabelecidas pelo MEC.

Atualmente professores e alunos enfrentam uma necessidade urgente, que é dominar as novas tecnologias. Entretanto, tecnologia é apenas um instrumento ou ferramenta, como dizem na linguagem da informática. Acima de tudo estão as pessoas. Deve-se colocar a tecnologia a serviço das pessoas, e não o contrário.

Avanços na qualidade do ensino, dependem, em grande parte, do interesse dos administradores públicos e responsáveis pelo setor. Vários Municípios da Chapada Diamantina têm gerado bons exemplos. A revista “MUITO” publicou uma reportagem com o título “Ensino de 1ª. Classe”. Mostra professores interessados no desenvolvimento educacional das crianças e adolescentes desta imensa região. Trata-se do ICEP - Instituto Chapada Diamantina de Educação e Pesquisas, que vem atuando em Andaraí e em outros Municípios. Promove a elevação dos índices de alfabetização e a redução da evasão escolar.(5)

A educação, em todos os setores das atividades humanas, é um fator que alavanca e promove o desenvolvimento da nossa região, do nosso Estado e do Brasil como sendo a unidade maior. Hoje em dia os computadores estão presentes em toda parte, seja na agricultura, na mineração, nas indústrias, nas lojas, nas clínicas e hospitais, nas empresas financeiras, nos serviços gráficos e de comunicação visual, nos serviços públicos, etc. Significa que os novos profissionais estão diante de um grande campo de trabalho. Convém lembrar que estamos numa era de grande competição entre os profissionais. As oportunidades chegam para os que estão qualificados, bem preparados e dedicados.

As recentes leis sobre a reforma do ensino apontam para os cursos técnicos. O Brasil precisa de técnicos devidamente qualificados. Por meio de iniciativa do Governo Federal foi criado o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC(6). Esse programa foi criado com o objetivo de facilitar aos jovens o acesso ao ensino técnico. Tem o apoio das escolas dos Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema S) – SENAI, SENAC, SENAT, etc. Envolvem o SISUTEC e o Enem. Os interessados podem conseguir informações pelo telefone (DF) 0800.61..61.61 (Ministério da Educação).

Apesar de muitos obstáculos, o fato é que muitos jovens estão realizando cursos de nível superior na cidade onde moram – na sede do seu respectivo Município, através das escolas que ministram cursos pelo sistema EAD. Os cursos universitários pelo sistema EAD são preferidos pelos alunos que precisam de flexibilidade nos horários e pelos que não podem se deslocar para outras cidades. Os estudantes que preferem um curso de graduação diferenciado e frequencial prestam o vestibular e após aprovados se deslocam para Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Guanambi, Seabra, Barreiras e outras cidades.

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Nota: Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.

(4) A professora Maria Alice Setúbal é doutora em psicologia da educação e presidente do Conselho do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária e da Fundação Tide Setúbal. Jornal Folha de S. Paulo, do dia 05/06/2014.

(5) Revista “Muito” encartada no jornal “A Tarde” do domingo dia 05/04/2015 – revista semanal do grupo jornalístico A Tarde, de Salvador.

(6) Pronatec – Ministério da Educação.


SOBRE O AUTOR:

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.

Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das  Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.



segunda-feira, 29 de maio de 2023

INCIDENTE COM CACHORRO MUDA A VIDA DE FAMÍLIA EM GUARULHOS - SP.

 

                                                          (FOTO DA INTERNET)


INCIDENTE COM CACHORRO MUDA A VIDA DE FAMÍLIA EM GUARULHOS, SP.

Filemon Martins


O cidadão morava com sua esposa e filhas ainda pequenas, num bairro da cidade de Guarulhos, São Paulo. A vida transcorria normalmente. Ele, para ganhar o pão de cada dia, trabalhava no antigo Terminal Rodoviário da Luz, mais conhecido como Rodoviária, na Praça Júlio Prestes, região central de São Paulo.

Com a extinção deste e a inauguração do novo Terminal Rodoviário Tietê, o cidadão foi transferido para a Empresa Folha da Manhã S/A, proprietária de vários jornais, entre outros, a Folha de S. Paulo, onde continuou trabalhando como funcionário exemplar que era.

Enquanto isso, em casa sua esposa cuidava das filhas e de um cachorro de estimação de nome Duque, um pouco bravo para estranhos.

Num determinado dia de 1985, saíram a passeio por ali mesmo no centro da cidade. Na casa ficaram a sogra e o cunhado, ainda menino, e o cachorro Duque.

Um vizinho mais chegado ganhava a vida fazendo carretos com um pequeno caminhão. Nesse dia, estava lavando o caminhão em frente à casa, parede e meia com a casa deste pai de família, quando apareceu um indivíduo e lhe pediu dinheiro e enquanto conversava com o vizinho, o cachorro Duque enfiou a pata na grade do portão, abrindo-o com sutileza. Mordeu a perna, fez uma brecha na panturrilha do desconhecido, que, de imediato chamou a sogra do morador e fez um escândalo, pedindo dinheiro. A sogra tinha apenas Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) que lhe foi dado. Uma semana depois ele voltou: - conversamos de início amigavelmente,  propus levá-lo ao hospital e arcar com todas as despesas decorrentes do tratamento, mas ele não aceitou e insistia, queria dinheiro. Dei-lhe dinheiro. Passaram-se 15 dias e ele retornou mais bravo ainda, queria falar comigo de qualquer maneira, mas eu não estava. Ele, então, quis entrar em casa ameaçando minha esposa e família, mas um outro vizinho o convenceu a se retirar.

Quando cheguei em casa, o vizinho me chamou e relatou o ocorrido, aconselhando-me: - fecha a tua casa e sai com a tua família o mais rápido possível, porque o sujeito disse que vai voltar e não virá sozinho. Sabe-se que ele é bandido, perigoso, já carrega 3 homicídios nas costas. Foi o que fiz. Dormimos naquela casa só aquela noite. Mudei-me para um apartamento e vendi a casa, sem nela retornar. Contudo, fiquei sabendo pelos vizinhos que ele e alguns comparsas fizeram campana na rua e em frente à minha casa por vários dias.  Perguntavam sobre a família que lá morava. Só os vizinhos sabiam o motivo da mudança.

Algum tempo depois obtive a informação de que o indivíduo foi assassinado. Depois de aposentado e já em outro local de residência me transferi de  Guarulhos, SP, para outro estado, onde resido atualmente. Agora sem medo e sobressaltos.   

QUEM FOI JONATHAS BRAGA?

 

QUEM FOI JONATHAS BRAGA?

Mário Ribeiro Martins (07/08/1943 a 18/03/2016)


JONATHAS BRAGA nasceu no Recife,  rua Alecrim, bairro São José, Pernambuco, em 08/05/1908. Escreveu, entre outros, ¨O POEMA DA VIDA¨ (1942), ¨A NOVA ALEGRIA¨(1942), ¨O SUAVE CONVITE¨(1948), ¨O MILAGRE DO AMOR¨(1969), ¨O CÂNTICO DA MINHA ESPERANÇA¨(1970), sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos publicados.

Estudou na Escola Normal de Pernambuco e no Colégio Americano Batista do Recife. Formou-se em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, no Recife. Licenciou-se em Letras Neolatinas, pela Universidade Federal de Pernambuco.

Além de Ministro Evangélico, foi professor de Português no Ginásio Pan-Americano, do Recife e no Colégio Agrícola de São Lourenço da Mata, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foi membro ativo da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Jonathas Braga tornou-se um dos mais populares poetas evangélicos, ao lado de Mário Barreto França e Gióia Júnior, formando a tríade dos maiores poetas do evangelismo nacional. Jonathas Braga e sua esposa Dona Áquila, além de alguns de seus filhos, como Jedida, Jemima, Jerusa e outros foram membros da Igreja Batista de Tegipió, no Recife,  quando o autor destas notas foi Pastor daquela Igreja, de 1968 a 1973.

Sua irmã, Abigail Braga, médica, tornou-se excelente poetisa evangélica.

Sobre Jonathas Braga, escreveu excelente matéria, o escritor Filemon F. Martins para o site www.usinadeletras.com.br. Apesar de sua importância, e mesmo tendo sido Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Ginásio Pan-Americano, do Recife, não é lembrado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE POETAS PERNAMBUCANOS (1993), de Lamartine Morais, não é suficientemente estudado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no ¨DICIONÁRIO HISTÓRICO BIOGRÁFICO BRASILEIRO¨, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2001, 5 volumes, 6.211 páginas e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.


(LIVRO MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO, páginas 248/250)


domingo, 28 de maio de 2023

CONFLITO DE GERAÇÕES

 


CONFLITO DE GERAÇÕES

Mário Ribeiro Martins (07/08/1943 a 18/03/2016)


A história jamais resolverá o conflito entre a juventude e a velhice. Não é que a juventude seja inevitavelmente inimiga da velhice. O fato é que o ponteiro de equilíbrio entre as duas gerações tem estado em direção da juventude. Constituindo a maioria populacional, os jovens, como não poderia deixar de ser, brilham mais intensamente.

Daí o uso de expressões, como ¨o mundo é dos jovens¨. Isto, porém, não dá o direito de negar à velhice grandes realizações em todos os tempos.

Haendel compôs sua obra prima, o famoso ¨O Messias¨, quando já possuía 55 anos de idade, embora tivesse produzido uma coleção de sonatas com 10 anos, apenas. A melhor bagagem literária de Vitor Hugo foi produzida na idade provecta. Com 84 anos, Gladstone ainda governou a Inglaterra com pulso firme.

A Segunda Guerra Mundial teve expoentes idosos, tais como, Winston Churchill e Franklin Roosevelt. Charles De Gaulle, com 80 anos, ainda conseguiu governar a França. Salazar deixou o governo de Portugal com idade bem avançada, Eurico Gaspar Dutra, com idade bastante acentuada, era considerado um dos melhores conselheiros políticos no Brasil.

Há, por outro lado, milhares de realizações notáveis oriundas da juventude. Mozart escreveu sua primeira ópera com 12 anos, sendo que com 4 anos de idade compôs melodias. Galileu tinha 18 anos quando descobriu o isocronismo das oscilações do pêndulo. Henrique de Navarra tornou-se chefe dos huguenotes com 16 anos.

De Quincey, com 11 anos, dominava o grego e o latim. Pascal inventou uma máquina de calcular com 18 anos. Com 20 anos Lafayette chegou a general, chefe do exército francês. ¨A juventude, porém, não é tudo¨, como dizia o dramaturgo Eugene O'Neill.

 A sociedade humana compõe-se de gerações, que alimentam e enriquecem o organismo social, e por isso seria arbitrário tentar ressaltar os defeitos ou qualidades de qualquer uma delas. 

A verdade, no entanto, é que como resultado da pouca exigência aos adolescentes (a não ser que frequentem a escola), o sentido de responsabilidade da juventude diminuiu e seu senso crítico cristalizou-se na condenação em massa dos adultos, de quem poderia ganhar a experiência tão necessária à maturidade e essencial  para uma visão global do universo. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, Recife, 06/08/1974). 


(LIVRO CONFLITO DE GERAÇÕES E OUTRAS PROVOCAÇÕES-Páginas 23/24)

sábado, 27 de maio de 2023

SONETO DE ARVERS

 

                        (FOTO DO PAVILHÃO LITERÁRIO SINGRANDO HORIZONTES)


SONETO DE ARVERS

Tradução de J. G. de Araújo Jorge


Tenho um segredo na alma, e um mistério na vida:

Um repentino amor que me empolga e devora;

Louca paixão que trago em minha alma escondida

E aquela que a inspirou, entretanto ignora…



Ai, de mim! Sigo só, mesmo a seu lado, embora

Levo no coração sua imagem querida

Até que venha a morte, e amanhã, como agora,

Nada possa esperar dessa paixão proibida…



E ela que a alma possui só de ternuras cheia

Seguirá seu caminho, indiferente, e alheia

Ao sussurro de amor que em vão a seguirá…



Presa a um nobre dever, a um tempo fiel e bela,

Dirá depois que ler meus versos cheios dela:

-“Que mulher será essa?…” E não compreenderá…



Nota: Félix Arvers - Paris 1806 - 1850 - foi um poeta francês que se tornou conhecido mundialmente por um soneto escrito em 1831 e publicado em 1833, traduzido para os mais diversos idiomas, inclusive o Esperanto. Poetas brasileiros traduziram o Soneto de Arvers para o Português, entre outros, J. G. de Araújo Jorge, Guilherme de Almeida e Olegário Mariano.

QUESTÃO DE VALORES MORAIS

 


QUESTÃO DE VALORES MORAIS

Filemon Martins


Não sei se por formação no lar ou se o indivíduo já nasce com aquele instinto que o faz pensar ser superior aos outros. Muitas pessoas nascem em berço de ouro e no decorrer da vida têm uma educação esmerada, fazem Cursos Superiores, pós-graduação nisto ou naquilo, mas profissionalmente se tornam arrogantes e prepotentes.

O contrário também é verdadeiro: o indivíduo faz inúmeros Cursos Superiores, adquire muito conhecimento, possui uma cultura exemplar, torna-se rico, mas se mantém entre os mortais, detesta bajulação e se relaciona normalmente.  

Quando na ativa, em todos os locais em que trabalhei sempre havia um ou vários autoritários e arrogantes. Imaginavam-se insubstituíveis, donos da verdade, mestres em tudo e queriam, por força, mandar em todos. Tornavam-se uns gravatinhas, como eu costumava chamá-los. Vez por outra nos enfrentávamos em embates de trabalho quanto a Organização e Métodos (OM) ou mesmo quanto à eficácia do trabalho. 

No cotidiano da vida são pessoas que valorizam a aparência, o externo, a roupa, o sapato, o carro, a casa, sem enxergarem o principal que todos nós carregamos no coração. Andam pelas ruas de nariz empinado, falam bonito, de peito estufado e são capazes de pisar em qualquer pessoa descuidada que, por infelicidade, cruzem seus caminhos. Nós, pobres mortais, somos classificados como aquele antigo sabonete ¨VALE QUANTO PESA¨. Se temos uma casa, valemos a casa; se temos um carro, valemos o carro; se nada possuímos, não valemos nada. Em minha existência, conheci muitas pessoas soberbas, vazias e arrogantes, mas pelo menos duas foram inesquecíveis. Ambas trabalhavam na Empresa Folha da Manhã S/A. A primeira pessoa trabalhava bem próximo de nós e fora conduzido ao cargo pelo famoso QI (quem indica). Era uma espécie de Assessor Especial que fazia o elo entre o setor de cobrança e figuras importantes, ator, atrizes, empresários que preferiam pagar suas assinaturas direto no jornal FOLHA DE S. PAULO. Para isso, trabalhava numa sala mais sofisticada com café, chá e bolachinhas, onde recebia essas pessoas ilustres, como Raul Cortez, Décio Piccinini, Wagner Montes, Moacyr Franco, entre outros. Quando necessário, ele solicitava ao setor de cobrança a emissão de um recibo com o valor, com o qual era possível receber em dinheiro ou cheque, conforme a preferência do pagante. Dias depois prestava conta ao setor responsável pela cobrança para depósito em banco e a consequente quitação do débito. 

O que ele não sabia é que nosso gerente de cobranças havia criado um setor de nome Centro de Controle, de tal forma que todo recibo ou fatura emitida na empresa deveria conter uma cópia a mais para o Centro de Controle. Por sua vez todo o pagamento recebido, após depositado em banco, obrigatoriamente seria comunicado ao setor de Controle com documentos comprobatórios dos valores pagos. Ocorre que com o passar do tempo, havia várias cópias de recibos de assinaturas pendentes, todos solicitados pelo nosso Assessor Especial. Ora, se o assinante esteve na empresa pessoalmente pagando sua assinatura, alguma coisa estranha estava acontecendo. Foi aí que o chefe do setor pegou as cópias desses recibos em aberto e comunicou ao gerente, que por sua vez, teve que chamar o gravatinha para dar explicações.

Dessa vez nem o QI o salvou. Foi dispensado da empresa por ter-se apropriado do dinheiro ilicitamente.

O outro caso foi quando o jornal O Estado de São Paulo resolveu fazer uma campanha para angariar mais assinantes e lançou pela televisão uma propaganda informando que quem fizesse assinatura do jornal o receberia em 12h. Um diretor da Folha ao tomar conhecimento da promessa de O Estado, sentenciou: -¨se o Estadão entrega o jornal em 12h, nós vamos entregar em 6h¨. Com sua prepotência aguçada, esqueceu-se de consultar o Departamento de Entregas e setores envolvidos se era viável tal entrega e se a estrutura existente suportaria tamanha demanda. O setor de vendas deitou e rolou. Foi um sucesso total de vendas. Quando o assinante percebeu que as 6h prometidas eram 72h ou mais, choveu telefonemas cancelando os pedidos. O assinante dizia: - ¨estou há 3 dias esperando a entrega do meu jornal. Não imaginava que as 6h da Folha fossem mais de 72h¨. Assim, a confusão se formou. Quem vendeu a assinatura queria receber a comissão, e a empresa não queria pagar o percentual devido por uma venda não efetivada, por culpa de um diretor arrogante.

Não sei que fim levou esse diretor da empresa por atitude tão precipitada. Mas sei que a empresa teve prejuízos não só econômicos, mas também morais, por propaganda enganosa.

Muitas pessoas se deixam levar pela possibilidade de dinheiro fácil, é o que constatamos diariamente nos corredores dos negócios, especialmente entre os políticos e empresários. Muito bem escreveu minha amiga trovadora Vanda Fagundes Queiroz: ¨ÀS VEZES TENHO CISMADO QUE, AO INVÉS DE CORAÇÃO, MUITA GENTE TRAZ GUARDADO DENTRO DO PEITO, UM CIFRÃO¨.    


(LIVRO CAMINHOS DO JORDÃO DA BAHIA)


PERFIL

 


PERFIL

(Declaração de amor à cidade de São Paulo)


Nasci Filemon, o Martins,

aquele que ama, o amante.

Aos 17 de janeiro de 1950,

em Ipupiara, Bahia.

Capricorniano, signo de Terra.

Persistente, teimoso, mas emotivo.

Nasci na Terra de Castro Alves, de Rui, o Barbosa, de Jorge, o Amado, 

de Carlos Ribeiro, o Rocha,

de João Ubaldo, o Ribeiro.

Mas amo São Paulo, a cidade grande e incomparável.

Amo São Paulo, a amiga contraditória e bela, porque me acolheu, porque me ensinou, porque me fez Homem.

Poeta sem registro, sem escola,

sem nome e sem compromisso,

mas poeta do amor e da saudade,

do cantar dos pássaros e da canção da brisa.

Às vezes, cronista da rua e trovador da lua.

Não sei rezar, nem sei cantar,

mas sei, sobretudo, agradecer:

- sou poeta da alegria e da dor,

e se a vida tem fim,

minha Poesia é sem fim:

- Obrigado, Senhor!




sexta-feira, 26 de maio de 2023

QUEM FOI RUTH ISABEL DE SOUZA?

 

                                (FOTO DO LIVRO HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA)

QUEM FOI RUTH ISABEL DE SOUZA?

Filemon Martins


RUTH ISABEL DE SOUZA nasceu em Minas Gerais, onde fez seus primeiros estudos. Formou-se professora e em 1950 foi nomeada missionária professora para lecionar em Tocantínia, na época Estado de Goiás, hoje Tocantins. Dirigia o ensino fundamental da Escola Batista, 1ª e 2ª séries e fazia o trabalho da secretaria. Em 1951 passou a cuidar do internato feminino. Dirigia também um ponto de pregação em Miracema do Norte, Tocantins. Em 1955 foi transferida para o Vale do São Francisco e no ano seguinte iniciou uma Escola em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, tendo o apoio do casal Bevenuto e Lindaura Ribeiro. Em 1962 nova transferência a levou para Ipupiara, ainda na Bahia, onde fundou e dirigiu a Escola Batista da Junta de Missões Nacionais. Era responsável pela evangelização do Distrito de Ibipetum, juntamente com outros membros da Igreja Batista.

Conforme registra o escritor Arides Leite Santos em seu livro ¨HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA¨ ¨a Escola fundada pela JMN em Ipupiara por intermédio da missionária Ruth teve um papel fundamental para a formação de toda uma geração de crianças e adolescentes, graças ao reconhecido preparo das professoras que formavam seu corpo docente¨. 

O autor destas notas foi aluno da professora Ruth e é testemunha viva das afirmações do Arides Leite Santos. A professora Ruth tinha um jeito singular de lidar com seus alunos em classe. Em certa ocasião, este aluno em plena sala de aula estava de blá-blá-blá com outros colegas de classe, enquanto a professora Ruth discorria sobre algum assunto na lousa. De repente, um silêncio sepulcral tomou conta do recinto, e quando demos conta da situação, a professora e todos os alunos estavam nos observando. Então, a professora Ruth com voz serena perguntou: - posso continuar a aula, professores? – Ficamos brancos, vermelhos, envergonhados e quase sem voz respondemos: ¨pode sim professora¨. Nunca mais fomos advertidos em sala de aula.

Casou-se com o Pastor Pedro Evangelista de Souza, que ficara viúvo em 1963.

Mas não foi só em Ipupiara, ainda segundo registra Arides Leite Santos em seu livro citado e conforme depoimento da missionária Margarida Lemos Gonçalves a professora Ruth fez um trabalho extraordinário quando passou pelo Tocantins, antes de ser efetivamente transferida para a Bahia: - ¨Assim que chegou, adaptou-se aos embates do Campo, onde para uma escola com mais de 100 (cem) alunos havia apenas mais duas professoras. Na igreja assumiu vários cargos, como 1ª Secretária, líder das Crianças e Mensageiras do Rei, diretora de grupo da União Feminina. Visitadora da Congregação do Lajeado e Dirigente da Congregação na cidade de Miracema. Com tudo isso, na escola cuidava das moças do internato e se dedicava a duas classes do antigo Curso Primário e orientava o Grêmio Literário.

Quando da visita do missionário L. M. Bratcher (Lewis Malen Bratcher), Secretário Executivo da Junta de Missões Nacionais, desceu o rio Tocantins, de canoa, com alguns irmãos, até a aldeia dos índios Xerentes, onde dirigiu o culto que teve a palavra do obreiro americano, que muito ensinou aos brasileiros, repetindo muitas vezes - ¨A PÁTRIA PARA CRISTO¨. Em dezembro de 1950 junto com outros irmãos da igreja fez o Natal dos índios com uma bela reunião dirigida por ela e com a presença de 61 indígenas e 21 chamados de ¨civilizados¨.

Conforme informação de Maria Luiza Oliveira de Souza Dias, a missionária Ruth era exímia organista e acordeonista. Com todo esse talento ensinou, ensaiou e dirigiu grupos corais em todas as igrejas por onde passou e trabalhou.

Hoje, seu harmônio e acordeão que tanto serviram no campo missionário nas mãos da professora Ruth estão guardados com sua filha Sebastiana Isabel, que, seguindo os passos da mãe, dirige uma congregação em Juiz de Fora, MG, cidade onde faleceu a professora Ruth Izabel Vieira de Souza em outubro de 2011. O pastor Pedro Evangelista de Souza faleceu em 1983.  


Nota do autor: infelizmente, alguns detalhes não foram mencionados, porque o pesquisador não conseguiu informações completas sobre a saudosa professora Ruth. Outros dados relevantes não estavam ao alcance da pesquisa. Registro aqui meu agradecimento a Maria Luiza Oliveira de Souza Dias (filha do pastor Pedro e Adelaide Oliveira de Souza), que colaborou com informações preciosas para que este texto fosse escrito.    

    

quinta-feira, 25 de maio de 2023

BOREAIS

 


BOREAIS*

Karinna Ka


Pudesse adivinhar-te

Entre silêncios e palavras

Em conjecturas escarlates

Pintadas nas pseudos vidraças...

Pudesse vislumbrar-te

Entre os cinzas que me tomam

Sufocando todos os meus sons

Dissonantes tentativas

Desgarradas dos meus vãos.

É somente meu esse abandono

Íntima confissão cabisbaixa

Ecoando em rubras clausuras

Sufocando-me de tuas ausências,

Desafinadas de ternuras...

Nesse segundo sou apenas solidão

Escolhas em papéis de seda doem-me

Meus olhos desbotados são telas

Boreais, das minhas inúteis quimeras.

Sou apenas só...


O PODER DO AMOR

 




O PODER DO AMOR
Filemon Martins


Quanto mais penso no poder que o amor
exerce sobre mim e me fascina,
convenço-me, serás o meu torpor,
não importa o que diz a medicina.

Se estás comigo, sinto o teu calor
e uma paz silenciosa me domina,
o tempo não mais corre com rancor
e o teu olhar, meus olhos, ilumina.

Eu quero me prender neste pecado,
e em teu amor ficar acorrentado
como fiquei nos versos que compus.

E prometo cantar com tal Doçura
uma canção de Paz e de Ventura
que o nosso Amor nos levará à Luz!

 

DESLUMBRAMENTO

 



DESLUMBRAMENTO

Filemon Martins



Não consigo entender porque te quero,

porque te venero, porque te adoro,

porque te amo!


Não consigo entender porque me fascinas,

se teu olhar ardente nunca me pertenceu.

Se tua voz suave nunca me falou de amor.

Se teu sorriso cativante jamais me procurou.

Se tuas mãos macias nunca me acariciaram.

Se teu corpo perfeito nunca me aqueceu.

Se teus lábios doces nunca me beijaram.


Não consigo entender porque esse encantamento

quando me falas, quando te encontro, quando te vejo...

Por que tanto fascínio exerces sobre mim?

Mas entendo que o amor

quando acontece na vida,

deve ser belo e forte,

e poderoso assim!


PUBLICAÇÃO DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

 

                                                            (FOTO DO MEU ACERVO)


PUBLICAÇÃO DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO, EM ¨O RADAR¨, DE APUCARANA,  PR.                                                                           


FILEMON FRANCISCO MARTINS (na foto com a filha Keise, em dia de lançamento), poeta, contista, biógrafo, ecologista, pesquisador, preocupa-se também em divulgar seus irmãos de ofício, em artigos pela imprensa ou pela Internet, no seu BLOG LITERÁRIO DO FILEMON blogliterariofilemon.blogspot.com. E o faz mais ainda após sua aposentadoria do Tribunal Federal da Terceira Região, onde ingressou por concurso público. Trabalhou também na Empresa Folha da Manhã S/A. É fotógrafo amador e tem um “hobby”: coleciona relógios de parede. Fez o curso de Administração de Empresas.

Nascido em Ipupiara-BA, em 17.1.1950, reside em São Paulo desde 1969, atualmente na bucólica cidade litorânea de Itanhaém*. O mar está presente em muitos de seus expressivos versos, os últimos publicados em “Anseios do Coração”, de 2011, que pode ser encontrado nas Livrarias Asabeça, Cultura, Martins Fontes, Da Vila, Leger e outras na Capital paulista, e em Itanhaém. Pode também ser adquirido com o Autor, pelo e-mail filemon.martins@hotmail.com

Nesse livro, que é o segundo do Poeta - o primeiro foi “Flores do meu Jardim” -  além de bem elaborados sonetos, há também poemas livres e trovas - belas trovas! , sob os mais variados temas, incluindo “escadas”.

Filemon F. Martins, filho de Adão Francisco Martins e de Francolina Ribeiro Martins, teve, na vida literária, profunda influência de seu tio, o poeta e contista Carlos Ribeiro Rocha, assim como dos igualmente conhecidos escritores Mário Barreto França e Gióia Júnior.

Filemon é de uma família dotada com o dom da inspiração. O tio Carlos Ribeiro Rocha (4.11.1923 - 27.11.2011) deixou vários livros, como ”Harpa Sertaneja”, “Pingos de Mim”, “Meditações”, “Coroa de Sonetos”, “28 Sons” e outros. Foi fundador do Ginásio Diamantino e professor em Santo Inácio, Bahia. Exerceu a função de Coletor Federal.

Seu irmão, MÁRIO RIBEIRO MARTINS (7.8.1943 – 18.03.2016), membro e fundador de vários sodalícios, pastor evangélico e pregador, era renomado biógrafo. Seu “Dicionário Bibliográfico do Brasil”, na Internet, traz mais de 40 mil biografias de escritores. Tem numerosos livros publicados, dos quais o último se intitula “Razão do meu Viver e outras Amenidades”. Junto com o mano, Filemon lançou um “Dicionário Genealógico da Família Ribeiro Martins”. Mário era Professor universitário e Procurador da Justiça do Estado de Goiás.

JEREMIAS RIBEIRO FILHO, um dos primos, que se assina JERRY FILHO (21.12.1950 – 19.05.2015), era também cordelista e professor. Publicou “Centelhas do Além”, com poemas, sonetos e trovas.

A prima LAURENTINA DOS SANTOS NOVAIS (4.2.1953), poetisa e professora, é autora do hino dedicado ao Centro Educacional de Ipupiara, intitulado “Luz no Sertão”.

JEREMIAS RIBEIRO DOS SANTOS (30.9.1926 - 30.4.1999), que se assinava também JERRY SANTOS, era pai de Jerry Filho e de Laurentina; irmão de Carlos Ribeiro Rocha.

SAMUEL PIRES RIBEIRO (23.11.1961), outro primo de Filemon, além de poeta, é músico e cantor.

Filemon F. Martins é casado com Celene Jinkings Martins; são seus filhos Keise, Maíse, Edilson, Allan (falecido) e Gílson. O casal tem onze netos e um bisneto.

Vejamos algumas trovas dessa talentosa família:

Levanto cedo, não nego,

ando pescando a poesia,

na minha rede carrego

todo o mar de fantasia.

    FILEMON MARTINS


Vejo a prova fulgurante

de um Poder, que não tem fim,

numa estrela - bem distante,

na vida - dentro de mim.

    CARLOS RIBEIRO ROCHA


Com os olhos fitos no chão,

você só vê a tristeza.

Levante a cabeça, irmão,

e contemple a natureza! 

    MÁRIO RIBEIRO MARTINS


Escolha um solo fecundo,

prepare-o com muito ardor,

e com fervor mais profundo

plante a semente do Amor!

    JERRY FILHO


Não sei por que, ó saudade,

tu vens de tão longe assim,

roubar  a felicidade

que mora dentro de mim!

    LAURENTINA DOS SANTOS NOVAIS


Nesta vida transitória,

nada vejo de valor,

pois, daqui, a falsa glória

murcha e finda como a flor!

    JEREMIAS RIBEIRO DOS SANTOS


Amigos, guardem de cor

e viverão satisfeitos:

nossa vitória maior

é vencer nossos defeitos.

    SAMUEL PIRES RIBEIRO