(FOTO DA INTERNET)
INCIDENTE COM CACHORRO MUDA A VIDA DE FAMÍLIA EM GUARULHOS, SP.
Filemon Martins
O cidadão morava com sua esposa e filhas ainda pequenas, num bairro da cidade de Guarulhos, São Paulo. A vida transcorria normalmente. Ele, para ganhar o pão de cada dia, trabalhava no antigo Terminal Rodoviário da Luz, mais conhecido como Rodoviária, na Praça Júlio Prestes, região central de São Paulo.
Com a extinção deste e a inauguração do novo Terminal Rodoviário Tietê, o cidadão foi transferido para a Empresa Folha da Manhã S/A, proprietária de vários jornais, entre outros, a Folha de S. Paulo, onde continuou trabalhando como funcionário exemplar que era.
Enquanto isso, em casa sua esposa cuidava das filhas e de um cachorro de estimação de nome Duque, um pouco bravo para estranhos.
Num determinado dia de 1985, saíram a passeio por ali mesmo no centro da cidade. Na casa ficaram a sogra e o cunhado, ainda menino, e o cachorro Duque.
Um vizinho mais chegado ganhava a vida fazendo carretos com um pequeno caminhão. Nesse dia, estava lavando o caminhão em frente à casa, parede e meia com a casa deste pai de família, quando apareceu um indivíduo e lhe pediu dinheiro e enquanto conversava com o vizinho, o cachorro Duque enfiou a pata na grade do portão, abrindo-o com sutileza. Mordeu a perna, fez uma brecha na panturrilha do desconhecido, que, de imediato chamou a sogra do morador e fez um escândalo, pedindo dinheiro. A sogra tinha apenas Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) que lhe foi dado. Uma semana depois ele voltou: - conversamos de início amigavelmente, propus levá-lo ao hospital e arcar com todas as despesas decorrentes do tratamento, mas ele não aceitou e insistia, queria dinheiro. Dei-lhe dinheiro. Passaram-se 15 dias e ele retornou mais bravo ainda, queria falar comigo de qualquer maneira, mas eu não estava. Ele, então, quis entrar em casa ameaçando minha esposa e família, mas um outro vizinho o convenceu a se retirar.
Quando cheguei em casa, o vizinho me chamou e relatou o ocorrido, aconselhando-me: - fecha a tua casa e sai com a tua família o mais rápido possível, porque o sujeito disse que vai voltar e não virá sozinho. Sabe-se que ele é bandido, perigoso, já carrega 3 homicídios nas costas. Foi o que fiz. Dormimos naquela casa só aquela noite. Mudei-me para um apartamento e vendi a casa, sem nela retornar. Contudo, fiquei sabendo pelos vizinhos que ele e alguns comparsas fizeram campana na rua e em frente à minha casa por vários dias. Perguntavam sobre a família que lá morava. Só os vizinhos sabiam o motivo da mudança.
Algum tempo depois obtive a informação de que o indivíduo foi assassinado. Depois de aposentado e já em outro local de residência me transferi de Guarulhos, SP, para outro estado, onde resido atualmente. Agora sem medo e sobressaltos.
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