sexta-feira, 12 de setembro de 2025

COSME VELHO - MÁRIO RIBEIRO MARTINS

 





                       COSME VELHO

                             Mário Ribeiro Martins


Quando contemplo as tuas obras primas,    escritor imortal, de que me ufano,      

eu não tenho nas minhas pobres rimas,      

um termo que te cante e seja humano.

      

Do romantismo, sufocaste as cimas,      

com coragem tal qual de veterano.      Pregaste o realismo com seus climas,      

pelo teu verbo forte e soberano.

      

Como se fosses ser divino - humano,      passaste humildemente pelo mundo,      vencendo os homens com vigor profundo.


Mas, como não venceste o teu engano,    morreste então, sem fé, sem Evangelho,      no rico casarão do COSME VELHO.



(JORNAL DA POESIA )

Nenhum comentário:

Postar um comentário