DOCE PERDÃO
Mário Barreto França
Quando acordei daquela letargia
em que o pecado me fizera estar,
acanhado de tanta rebeldia,
foi para Deus o meu primeiro olhar.
Tudo a meus olhos turvos parecia
minha presença odiosa rejeitar;
e segui de alma pálida e sombria
num desejo incontido de chorar.
Mas, quando entrei pela primeira porta
de um templo silencioso, comovido
curvei-me em prece e, envolto em doce luz,
Notei ( e essa lembrança me conforta )
o perdão dos males refletido
na ternura dos olhos de Jesus.
(LIVRO "NO JARDIM DO SENHOR", PÁGINA 25)
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