SONETO
Maciel Monteiro
Formosa, qual pincel em tela fina
Debuxar jamais pôde ou nunca ousara;
Formosa, qual jamais desabrochara
Na primavera a rosa purpurina.
Formosa, qual se a própria mão divina
Lhe alinhara o contorno e a forma rara;
Formosa, qual jamais no céu brilhara
Astro gentil, estrela peregrina.
Formosa, qual se a natureza e a arte,
Dando as mãos em seus dons, em seus lavores,
Jamais soube imitar no todo ou parte.
Mulher celeste, oh! anjo de primores!
Quem pode ver-te, sem querer amar-te?
Quem pode amar-te, sem morrer de amores?!
("GRANDES SONETOS DA NOSSA LÍNGUA", PÁGINA 93)
Lindo.
ResponderExcluirGratidão por ler e comentar.
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