INVULNERÁVEL
Cruz e
Sousa
Quando dos
carnavais da raça humana
Forem
caindo as máscaras grotescas
E as
atitudes mais funambulescas
Se
desfizerem no feroz Nirvana.
Quando
tudo ruir na febre insana,
Nas
vertigens bizarras, pitorescas
De um
mundo de emoções carnavalescas
Que ri da
Fé profunda e soberana:
Vendo
passar a lúgubre, funérea
Galeria
sinistra da Miséria
Com as
máscaras dos rostos descoladas;
Tu que és
o deus, o deus invulnerável,
Resiste a
tudo e fica formidável
No
silêncio das noites estreladas!
(LIVRO “GRANDES SONETOS DA NOSSA LÍNGUA”, PÁGINA
112)
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