terça-feira, 30 de janeiro de 2024

INVULNERÁVEL - CRUZ E SOUSA

 



INVULNERÁVEL

Cruz e Sousa

 

Quando dos carnavais da raça humana

Forem caindo as máscaras grotescas

E as atitudes mais funambulescas

Se desfizerem no feroz Nirvana.

 

Quando tudo ruir na febre insana,

Nas vertigens bizarras, pitorescas

De um mundo de emoções carnavalescas

Que ri da Fé profunda e soberana:

 

Vendo passar a lúgubre, funérea

Galeria sinistra da Miséria

Com as máscaras dos rostos descoladas;

 

Tu que és o deus, o deus invulnerável,

Resiste a tudo e fica formidável

No silêncio das noites estreladas!

 

(LIVRO “GRANDES SONETOS DA NOSSA LÍNGUA”, PÁGINA 

112)


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