QUEM FOI OLAVO BILAC?
Mário Ribeiro Martins
OLAVO BILAC (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), Carioca, do Rio de Janeiro, 16.12.1865, escreveu, entre outros, POESIAS (1888), CRÔNICAS E NOVELAS (1894), CRITICA E FANTASIA (1904), CONFERENCIAS LITERARIAS (1906), TRATADO DE VERSIFICAÇÃO (1910), DICIONARIO DE RIMAS (1913), sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos editados. Filho de Braz Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac. Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, mas desistiu no 4º. ano. Tentou, a seguir, o curso de Direito em São Paulo, mas não passou do primeiro ano. Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. Fundou vários jornais, de vida mais ou menos efêmera, como A CIGARRA, O MEIO, A RUA. Na seção “Semana” da GAZETA DE NOTÍCIAS, substituiu Machado de Assis, trabalhando ali durante anos. É o autor da letra do Hino à Bandeira. Fazendo jornalismo político nos começos da República, foi um dos perseguidos por Floriano Peixoto. Teve que se esconder em Minas Gerais, quando frequentou a casa de Afonso Arinos de Melo Franco, em Ouro Preto. No regresso ao Rio, foi preso. Em 1888, com 23 anos, publicou seu primeiro livro POESIAS, tornando-se o mais típico dos parnasianos brasileiros, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Em 1891, com 26 anos de idade, foi nomeado oficial da Secretaria do Interior do Estado do Rio. Em 1898, com 33 anos, tornou-se Inspetor Escolar do Distrito Federal (Rio de Janeiro), cargo em que se aposentou, pouco antes de falecer. Foi também Delegado em Conferências Diplomáticas. Em 1907, com 42 anos, foi Secretário do Prefeito do Distrito Federal. Em 1916, com 51 anos, fundou a Liga de Defesa Nacional. Foi eleito “PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS”, no concurso que a revista Fon-fon lançou em 01.03.1913. Alguns anos mais tarde, os poetas parnasianos seriam o principal alvo do Modernismo. Apesar da reação modernista contra a sua poesia, Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira, como um dos mais típicos e perfeitos dentro do Parnasianismo brasileiro. Foi notável conferencista, numa época de moda das conferências no Rio de Janeiro. Produziu também contos e crônicas. Jornalista, poeta, inspetor de ensino. Faleceu no Rio de Janeiro, em 28.12.1918, com 53 anos de idade. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira 15, que tem como patrono Gonçalves Dias. Recebeu o Acadêmico Afonso Arinos. Sua Cadeira 15, na Academia Brasileira de Letras tem como Patrono Gonçalves Dias, Fundador (ele mesmo, Olavo Bilac), sendo também ocupada por Amadeu Amaral, Guilherme de Almeida, Odylo Costa Filho, Dom Marcos Barbosa e Fernando Bastos de Ávila. Bem analisado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho e J. Galante, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001. Apesar de sua importância, não é estudado no DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO (2001), da Fundação Getúlio Vargas e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc. É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br
MÁRIO RIBEIRO MARTINS ERA PROCURADOR DE JUSTIÇA E ESCRITOR.
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