QUEM FOI OLEGÁRIO MARIANO?
Mário Ribeiro Martins
OLEGÁRIO MARIANO (Olegário Mariano Carneiro da Cunha), de Recife, Pernambuco, 24.03.1889, escreveu, entre outros, ÂNGELUS (Poesia-1911), EVANGELHO DA SOMBRA E DO SILENCIO (Poesia-1912), ÚLTIMAS CIGARRAS (Poesia-1915), ÁGUA CORRENTE (Poesia-1918), CIDADE MARAVILHOSA (Poesia-1930), O ENAMORADO DA VIDA (Poesia-1937), QUANDO VEM BAIXANDO O CREPÚSCULO (1944), sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos editados. Filho de José Mariano Carneiro da Cunha e de Olegária Carneiro da Cunha. Seu pai foi Deputado Geral no Império e Constituinte em 1891, além de proprietário de Cartório. Após o inicio dos estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em 1897, com 8 anos de idade. Estudou no Colégio Pestalozzi e no Colégio Pio Americano. Frequentou a roda literária de Olavo Bilac, Guimarães Passos, Emílio de Meneses, Coelho Neto, Martins Fontes e outros. Estreou na vida literária aos 22 anos com o volume ANGELUS, em 1911. Matriculou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, mas não concluiu o curso, preferindo trabalhar com o seu pai no Cartório. Ainda em 1911, casou-se com Maria Clara Sabóia de Albuquerque, com quem foi para a Europa, permanecendo um ano. Representou o Brasil, em 1918, como secretário de embaixada à Bolívia, na Missão Melo Franco. Em 1926, com 37 anos de idade, recebeu o titulo de PRINCIPE DOS POETAS BRASILEIROS, sucedendo a Alberto de Oliveira. Após a Revolução de 1930, recebeu do Presidente Getúlio Vargas, um Cartório de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro. Em maio de 1933, elegeu-se Deputado à Assembleia Nacional Constituinte, tendo sido sempre reeleito até o advento do Estado Novo, em 1937, que acabou com o legislativo. Em concurso promovido pela revista FON-FON, em 1938, Olegário Mariano foi eleito, pelos intelectuais de todo o Brasil, PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS. Foi ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940. Delegado da Academia Brasileira na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945. Em 1953, com 64 anos de idade, tornou-se Embaixador do Brasil em Portugal, o que trouxe muita celeuma, por não ser da carreira diplomática. De volta ao Brasil, em 1954, foi nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário, bem como Censor Teatral. Foi letrista na música popular brasileira. Membro da Academia das Ciências de Lisboa, da qual recebeu o prêmio PALMA DE OURO. Exerceu o cargo de oficial do 4º Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de Notas. Além da obra poética iniciada em livro em 1911 e enfeixada nos dois volumes de TODA UMA VIDA DE POESIA (1957), publicados pela José Olympio, Olegário Mariano publicou durante anos, nas revistas CARETA e PARA TODOS, sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos, mais tarde reunidas em dois livros: Bataclan e Vida Caixa de brinquedos. Poeta, político e diplomata. Faleceu no Rio de Janeiro, em 28.11.1958, com 69 anos de idade. Terceiro ocupante da Cadeira 21, eleito em 23.12.1926, na sucessão de Mário de Alencar e recebido pelo Acadêmico Gustavo Barroso em 20.04.1927. Recebeu o Acadêmico Guilherme de Almeida. Sua Cadeira 21, na Academia Brasileira de Letras tem como Patrono Joaquim Serra, Fundador José do Patrocínio, sendo também ocupada por Mario de Alencar, Olegário Mariano, Álvaro Moreyra, Adonias Filho, Dias Gomes, Roberto Campos e Paulo Coelho. Muito bem estudado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE POETAS PERNAMBUCANOS (1993), de Lamartine Morais. Pouco analisado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho e J. Galante, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001. Com sua importância, é grandemente estudado no DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO (2001), da Fundação Getúlio Vargas e é convenientemente referido, em todas as enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc. É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br
MÁRIO RIBEIRO MARTINS - ERA PROCURADOR DE JUSTIÇA E ESCRITOR.
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