COMPRAS POR IMPULSO
Muito se tem falado sobre compras por impulso, sobre aumento do IOF, sobre aumento de imposto e outras ações que deixam os brasileiros mais pobres. Nos últimos dias muito se tem falado sobre taxação dos produtos exportados do Brasil para os EUA.
Nesta
última 5a feira, dia 17 de julho, estive conversando com um
senhor aqui numa das praças da cidade. Ele é funcionário municipal e a
aparência era de quem tem 50/55 anos de idade. Nossa conversa girou em torno da
multidão de endividados.
Estamos em tempos de consumo. De um lado, vemos que no Brasil,
nas capitais e cidades do interior, por toda parte encontram-se lojas de
correspondentes bancários e lojas de empréstimos pessoais. Há muita facilidade
para se conquistar um cartão de crédito e sair fazendo compras. Neste caso o
grande problema para o consumidor (que passa ser o devedor), são as compras de
modo inconsciente – aquelas feitas por impulso.
Do outro lado, as propagandas bonitas e bem elaboradas convencem
muita gente que, mesmo não tendo condições financeiras, metem a mão no bolso,
puxam o cartão de crédito e pagam as compras. Poucos dias depois a fatura do
cartão chega, mostrando o valor, a data do vencimento e o total a pagar. O
cartão oferece a opção de pagar um valor mínimo e parcelar o restante. Mas é
justamente aí que está a tentação e o perigo. Sobre o restante a pagar nos
meses seguintes serão cobrados juros. E a taxa de juros não é baixa. Tudo
permitido por lei.
Portanto, tenha muito cuidado. Não faça compra por mero impulso.
Analise bem as suas possibilidades financeiras. Use o bom senso e verifique se
realmente você como pessoa, ou se sua casa tem real necessidade do produto que
está achando bonito e pensando em comprar.
Fazer compras de modo inconsciente, por impulso ou apenas por
desejo momentâneo está levando muitos brasileiros para a inadimplência.
Inadimplente é o cliente que compra, mas não tem condições de cumprir e honrar
as obrigações assumidas e assinadas em contrato. Vai deixando parcelas sem
pagar. Muitos vão deixando a dívida crescer com parcelas em atraso que são
acrescidas de multas e juros. Compras parceladas têm incidência de IOF, isto é,
dinheiro do comprador que passa para o governo. É o desejo do governo em
arrecadar mais dinheiro para cobrir suas despesas.
Os tempos modernos oferecem facilidade para as compras a
crédito. Pois é, veja que tem um grupo muito grande de pessoas que compram de
modo consciente, sabendo que ele e a sua família estão mesmo precisando daquele
produto, sabendo o que estão comprando e que o preço que a loja cobra pelo
produto é um valor justo.
Mas há outro grupo, os que compram por impulso. O grande
problema para muita gente das grandes cidades e das pequenas também, são as
compras inconscientes – aquelas compras que são feitas por impulso. São as
compras cujo cliente comprador é movido pelas emoções do momento e assim
compram apenas porque acham que o preço está bom, porque o produto é bonitinho,
porque a loja diz que o produto está em promoção, porque a loja ou o fabricante
faz uma propaganda engraçada etc.
Os setores de crédito dos bancos e das empresas afirmam que há
muitos brasileiros que seguem essa prática e compram por impulso emocional.
Essa prática produz frutos não agradáveis, pois sem demorar muitos dias o
cliente inadimplente começa a receber avisos, cartinhas e ameaças do banco ou
da loja onde comprou. Nessa ocasião o devedor começa a entrar no desespero.
A Bíblia é o livro ideal. Ela tem ensinamentos perfeitos desde
os tempos antigos. Na parte do Novo Testamento, em Romanos cap. 13 e versículo
7 temos a seguinte preciosidade: “Portanto,
pagai (ou entregai) a cada um o que lhe é devido: a quem imposto, imposto; a
quem honra, honra ...”
Quando eu tinha a idade de onze anos, morando em Ipupiara no
interior da Bahia, me lembro como se fosse hoje, a minha tia Elísia me chamou e
pediu para eu comprar um produto de consumo na loja ao lado do Mercado
Municipal. Ela falou e disse: “No momento
quando ele lhe mostrar o produto presta atenção, pois todo cuidado é pouco”.
Naquele instante fiquei pensando e indagando de mim para mim mesmo o seguinte:
de que adianta prestar atenção e ter tanto cuidado se todo cuidado ainda é
pouco? Depois, ao retornar, perguntei para a minha tia o que ela queria dizer
com aquelas palavras “todo cuidado é
pouco”. Ela bondosamente me explicou: “É
que lá na loja tem vários produtos parecidos e com preços menores, mas são
produtos de qualidade inferior”.
Prezado leitor deste artigo, tenha muito cuidado ao ver as
vitrines, ao entrar na loja e falar com o vendedor. Analise, verifique bem o
produto, veja os preços na loja concorrente etc. Não compre por mero impulso.
Saul Ribeiro dos Santos
Cont.
e economista aposentado
Natural
de Ipupiara – BA.
📧
saul.ribeiro1945@gmail.com
SOBRE O
AUTOR:
SAUL
RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan
Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina
Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro
dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em
Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte
anos num grande banco comercial.
Sempre
gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das Regiões da Chapada Diamantina e
do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas
com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.
Autor do
livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica
dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.
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