sexta-feira, 9 de maio de 2025

MINHA MÃE - SALVADOR SARMIÉRI

 



MINHA MÃE

Salvador Sarmiéri


Oh, mãe, quanto chorei! - Chorando venho

a inundar o peito desde que partiste.

A minha cruz, em que pesava o lenho,

mais pesada ficou e tu não viste...


Lembrança eterna que me abate o cenho!

No coração, que em chagas tu me abriste,

com o mais elevado e nobre empenho,

guardo-te, santa! Igual jamais existe.


Não é obsessão! É amor inolvidável

que nutro na minha alma insatisfeita:

não há palavra que o registre afável!


Nada em ternura se compara à tua,

de cristalino e puro amor só feita:

que Deus te tenha, ó mãe, na glória sua!


(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL - 1980 - 2º VOLUME, PÁGINA 454)


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