HISTÓRIA DO NATAL E DA
RESSURREIÇÃO
Filemon Martins
É dezembro outra vez... Está chegando o Natal da cristandade. Na Terra
Santa, em Belém de Judá, numa noite fria e numa estrebaria dos arredores da
cidade hospedou-se um casal, procedente de Nazaré: José e Maria. Conforme as
profecias, ali nasceria um menino, que se chamaria Jesus, e enviado ao mundo
para a redenção da humanidade. E nasceu essa criança iluminada e ungida pelos
anjos e arcanjos que anunciaram aos humildes pastores de ovelhas que Jesus,
filho de Maria e José, de Nazaré, era o Prometido por Deus. Naquela noite
festiva, a natureza se engalanou para recebê-lo. Três Reis magos avistaram uma
estrela que os guiou até Belém, onde presentearam o menino Jesus, com ouro,
incenso e mirra.
A Palestina, com o correr do tempo, transformou-se na Pátria do filho de
Maria, que pregava as boas novas, confortava e curava enfermos em toda a
Galileia, Samaria e Judeia.
Os seguidores do jovem Mestre aumentavam a cada dia. Muitos incrédulos
não acreditavam que alguém vindo da pequena Belém pudesse dizer e fazer coisas
boas.
A profecia, no entanto, nunca falhou. Viajo no tempo e volto à bela
cidade de Jerusalém, que após 33 anos testemunhou a traição, paixão e morte de
Jesus. Embrenho-me no meio do povo, que se agita com os últimos acontecimentos
da cidade. Em cada esquina ouvia-se pessoas comentando as ocorrências da
semana. Falam da prisão do Nazareno. O que teria ele feito? Que crime tão
hediondo cometera? E recordam os milagres que o filho de Maria fizera por toda
a região. Mas agora estava preso.
Levaram-no, primeiro, a Caifás, sumo-sacerdote em Jerusalém que o
interrogou com desdém. Depois, levado ao Sinédrio, onde Pilatos presidia o
julgamento. – “Tu és o rei dos Judeus”? pergunta Pilatos, mas o mestre
responde: - “Tu o dizes”. E a outras interrogações de Pilatos, o silêncio do
Nazareno transmite com doçura sua inocência. E Pilatos, num vislumbre de
Justiça, porém confuso, covarde e temeroso, pergunta ao povo: - “Que farei de
Jesus, chamado Cristo”? E então pude ouvir a multidão subornada, replicar: -
“Crucifica-o! Crucifica-o”! Nesse momento, Pilatos pediu uma bacia com água e
lavou as mãos. Esse gesto entrou para a História, mas não o eximiu de culpa.
Jerusalém agora era o cenário. Quase todos os discípulos estavam
desalentados com o que ocorrera com o Mestre. Já no terceiro dia, dois deles
deixavam Jerusalém. Estavam tristes, abatidos, cansados e seguiam em direção ao
povoado de Emaús, próximo a Jerusalém. Falavam do ocorrido na cidade nos
últimos dias. Esperavam, em seu entendimento, que Jesus libertasse Israel. Mas
agora estava morto. Nisto Jesus se aproximou dos dois e perguntou o que eles
estavam falando e por que estavam tristes? – “Por acaso és o único que não
sabes o que aconteceu em Jerusalém, quando Jesus foi traído, preso, julgado,
condenado e morto? Havia esperança de que ele ressuscitasse no terceiro dia,
mas até agora nada aconteceu”. Jesus, então, começou a falar o que estava
exarado nas escrituras e que tudo aquilo que ocorreu, era necessário para que
se cumprisse as profecias. Assim, chegaram em Emaús, onde os dois peregrinos
deveriam ficar, mas Jesus ia adiante... Pediram, já é noite, fica conosco e
Jesus aceitou. Entrou em casa com os dois e sentou-se à mesa, onde serviria o
pão. Naquele momento, pegou do pão, dividiu e o abençoou. Os dois agora o
reconheceram e disseram entre si: - “como não reconhecemos quando nos falava no
caminho, só agora nossos olhos se abriram e viram, era Jesus ressuscitado! Ele
ressuscitou! Ele ressuscitou!” Mas Jesus desapareceu na frente deles, que, de
imediato voltaram para Jerusalém.


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