domingo, 15 de dezembro de 2024

HISTÓRIA DO NATAL E DA RESSURREIÇÃO - FILEMON MARTINS

 




 

HISTÓRIA DO NATAL E DA RESSURREIÇÃO

Filemon Martins

 

É dezembro outra vez... Está chegando o Natal da cristandade. Na Terra Santa, em Belém de Judá, numa noite fria e numa estrebaria dos arredores da cidade hospedou-se um casal, procedente de Nazaré: José e Maria. Conforme as profecias, ali nasceria um menino, que se chamaria Jesus, e enviado ao mundo para a redenção da humanidade. E nasceu essa criança iluminada e ungida pelos anjos e arcanjos que anunciaram aos humildes pastores de ovelhas que Jesus, filho de Maria e José, de Nazaré, era o Prometido por Deus. Naquela noite festiva, a natureza se engalanou para recebê-lo. Três Reis magos avistaram uma estrela que os guiou até Belém, onde presentearam o menino Jesus, com ouro, incenso e mirra.

A Palestina, com o correr do tempo, transformou-se na Pátria do filho de Maria, que pregava as boas novas, confortava e curava enfermos em toda a Galileia, Samaria e Judeia.

Os seguidores do jovem Mestre aumentavam a cada dia. Muitos incrédulos não acreditavam que alguém vindo da pequena Belém pudesse dizer e fazer coisas boas.

A profecia, no entanto, nunca falhou. Viajo no tempo e volto à bela cidade de Jerusalém, que após 33 anos testemunhou a traição, paixão e morte de Jesus. Embrenho-me no meio do povo, que se agita com os últimos acontecimentos da cidade. Em cada esquina ouvia-se pessoas comentando as ocorrências da semana. Falam da prisão do Nazareno. O que teria ele feito? Que crime tão hediondo cometera? E recordam os milagres que o filho de Maria fizera por toda a região. Mas agora estava preso.

Levaram-no, primeiro, a Caifás, sumo-sacerdote em Jerusalém que o interrogou com desdém. Depois, levado ao Sinédrio, onde Pilatos presidia o julgamento. – “Tu és o rei dos Judeus”? pergunta Pilatos, mas o mestre responde: - “Tu o dizes”. E a outras interrogações de Pilatos, o silêncio do Nazareno transmite com doçura sua inocência. E Pilatos, num vislumbre de Justiça, porém confuso, covarde e temeroso, pergunta ao povo: - “Que farei de Jesus, chamado Cristo”? E então pude ouvir a multidão subornada, replicar: - “Crucifica-o! Crucifica-o”! Nesse momento, Pilatos pediu uma bacia com água e lavou as mãos. Esse gesto entrou para a História, mas não o eximiu de culpa.

Jerusalém agora era o cenário. Quase todos os discípulos estavam desalentados com o que ocorrera com o Mestre. Já no terceiro dia, dois deles deixavam Jerusalém. Estavam tristes, abatidos, cansados e seguiam em direção ao povoado de Emaús, próximo a Jerusalém. Falavam do ocorrido na cidade nos últimos dias. Esperavam, em seu entendimento, que Jesus libertasse Israel. Mas agora estava morto. Nisto Jesus se aproximou dos dois e perguntou o que eles estavam falando e por que estavam tristes? – “Por acaso és o único que não sabes o que aconteceu em Jerusalém, quando Jesus foi traído, preso, julgado, condenado e morto? Havia esperança de que ele ressuscitasse no terceiro dia, mas até agora nada aconteceu”. Jesus, então, começou a falar o que estava exarado nas escrituras e que tudo aquilo que ocorreu, era necessário para que se cumprisse as profecias. Assim, chegaram em Emaús, onde os dois peregrinos deveriam ficar, mas Jesus ia adiante... Pediram, já é noite, fica conosco e Jesus aceitou. Entrou em casa com os dois e sentou-se à mesa, onde serviria o pão. Naquele momento, pegou do pão, dividiu e o abençoou. Os dois agora o reconheceram e disseram entre si: - “como não reconhecemos quando nos falava no caminho, só agora nossos olhos se abriram e viram, era Jesus ressuscitado! Ele ressuscitou! Ele ressuscitou!” Mas Jesus desapareceu na frente deles, que, de imediato voltaram para Jerusalém.

  


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