(RIO VERDE, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE IPUPIARA E BARRA DO MENDES)
PASSEIO
EM GRUPO
Filemon
Martins
Saímos
por volta das 6h da manhã. O dia estava amanhecendo. Eram 7 pessoas jovens numa
picape, fretada para este fim: visitar e conhecer o rio Verde, que corre entre
os municípios de Ipupiara e Barra do Mendes.
O
percurso até certo ponto é feito de carro, depois vem a serra e para chegar ao
rio, é a pé mesmo. Uma boa estirada por um caminho estreito e quase sem nenhum
cuidado. Mas o entusiasmo do grupo era notório; a euforia tomava conta de todos
os participantes daquela ousada aventura.
Conversas,
sorrisos e histórias, cada um tinha a sua para contar. Fazia parte do grupo,
moças e rapazes, entre os homens, Rael, Enzo, Caleb e Nathan. Entre as
mulheres, Laura, Lorena e Rebeca.
O
sol começava a despontar no horizonte, enchendo de luz e beleza o universo em
que vivíamos. Pássaros em festa, pulavam de galho em galho numa algazarra
infindável.
A
serra mostrava marcas dos garimpeiros que por ali trabalhavam em busca do
cristal de rocha; as catras se sucediam uma atrás da outra; algumas bem
profundas e outras ainda em início de escavação, indicando que algum garimpeiro
voltaria ali para continuar sua busca.
Naquela
altura do passeio, a expectativa de avistar o rio ficava cada vez maior. Mas o
cansaço de alguns forçava o grupo a parar um pouco para descanso. Escolheram um
local mais aberto, mais limpo e se sentaram à beira da estrada. Merendaram,
tomaram água, alguns preferiram suco e relaxaram à sombra daquela árvore.
Nathan
era quem mais conhecia a região e tornou-se o guia naturalmente. - Hora de
recomeçar a caminhada, disse Nathan. Enquanto andávamos por aquela estradinha
estreita, era possível ver algumas cobras fugindo assustadas. Calangos,
lagartixas, mocó, preá, tatu-bola e pássaros terrestres corriam pelo chão em
busca de comida, como frutas, aranhas, pequenos insetos e sementes que os
pássaros bicavam com extrema rapidez.
Estamos
chegando! – gritou Nathan. E todo o grupo se animou com a notícia. Em seguida,
já se ouvia o barulho das águas batendo e desviando-se das pedras. Água pura e
cristalina cor de citrina, porque passa pelas raízes e pedras existentes no
leito do rio. Uma pena que o rio é temporário, comentou alguém do grupo. O rio
é estreito e suas margens, tanto a direita, como a esquerda apresentam muitas
árvores com predominância em cor verde e muitos paredões de pedra. O grupo não
perdeu tempo: todos caíram nas águas do rio Verde. O banho foi geral e valeu a
pena o esforço e a caminhada, restando um gostinho de querer mais e voltar lá
outras vezes.
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