sexta-feira, 27 de setembro de 2024

PASSEIO EM GRUPO - FILEMON MARTINS

 


               (RIO VERDE, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE IPUPIARA E BARRA DO MENDES)


PASSEIO EM GRUPO

Filemon Martins

 

Saímos por volta das 6h da manhã. O dia estava amanhecendo. Eram 7 pessoas jovens numa picape, fretada para este fim: visitar e conhecer o rio Verde, que corre entre os municípios de Ipupiara e Barra do Mendes.

O percurso até certo ponto é feito de carro, depois vem a serra e para chegar ao rio, é a pé mesmo. Uma boa estirada por um caminho estreito e quase sem nenhum cuidado. Mas o entusiasmo do grupo era notório; a euforia tomava conta de todos os participantes daquela ousada aventura.

Conversas, sorrisos e histórias, cada um tinha a sua para contar. Fazia parte do grupo, moças e rapazes, entre os homens, Rael, Enzo, Caleb e Nathan. Entre as mulheres, Laura, Lorena e Rebeca.

O sol começava a despontar no horizonte, enchendo de luz e beleza o universo em que vivíamos. Pássaros em festa, pulavam de galho em galho numa algazarra infindável.

A serra mostrava marcas dos garimpeiros que por ali trabalhavam em busca do cristal de rocha; as catras se sucediam uma atrás da outra; algumas bem profundas e outras ainda em início de escavação, indicando que algum garimpeiro voltaria ali para continuar sua busca.

Naquela altura do passeio, a expectativa de avistar o rio ficava cada vez maior. Mas o cansaço de alguns forçava o grupo a parar um pouco para descanso. Escolheram um local mais aberto, mais limpo e se sentaram à beira da estrada. Merendaram, tomaram água, alguns preferiram suco e relaxaram à sombra daquela árvore.

Nathan era quem mais conhecia a região e tornou-se o guia naturalmente. - Hora de recomeçar a caminhada, disse Nathan. Enquanto andávamos por aquela estradinha estreita, era possível ver algumas cobras fugindo assustadas. Calangos, lagartixas, mocó, preá, tatu-bola e pássaros terrestres corriam pelo chão em busca de comida, como frutas, aranhas, pequenos insetos e sementes que os pássaros bicavam com extrema rapidez.

Estamos chegando! – gritou Nathan. E todo o grupo se animou com a notícia. Em seguida, já se ouvia o barulho das águas batendo e desviando-se das pedras. Água pura e cristalina cor de citrina, porque passa pelas raízes e pedras existentes no leito do rio. Uma pena que o rio é temporário, comentou alguém do grupo. O rio é estreito e suas margens, tanto a direita, como a esquerda apresentam muitas árvores com predominância em cor verde e muitos paredões de pedra. O grupo não perdeu tempo: todos caíram nas águas do rio Verde. O banho foi geral e valeu a pena o esforço e a caminhada, restando um gostinho de querer mais e voltar lá outras vezes.      


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