domingo, 18 de fevereiro de 2024

GANGORRA


 


GANGORRA

Gióia Júnior

 

Quando eu desço, você sobe,

quando eu subo, você desce...

Lá fora dança a gangorra,

desde que o dia amanhece...

 

Desce e sobe, sobe e desce

num compasso sempre igual:

No centro, um ponto de apoio

prende a tábua horizontal!

 

Há borrões de sol vermelho

na loira manhã sem par,

e a gangorra não descansa,

sobe e desce sem parar...

 

A gangorra é como a vida,

nos movimentos que tece:

quando eu desço, você sobe,

quando eu subo, você desce...

 

Você, que ficou no alto,

não deve de mim sorrir;

você terá que descer,

quando eu tiver qué subir!

 

(LIVRO "ORAÇÕES DO COTIDIANO", VERSÃO DIGITAL

 ENVIADA PELO AMIGO SAMMIS REACHERS)


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