PEDÁGIOS E OUTROS IMPOSTOS
Filemon Martins
Sempre vou a Itanhaém, uma das cidades da Baixada Santista, onde morei por algum tempo. Problemas de saúde, médicos especialistas, convênio, tudo isso me empurraram de volta a São Paulo. Mas gosto de Itanhaém, a segunda cidade mais antiga do Brasil.
Mas agora, se já não bastassem os valores exorbitantes que pagamos para descer a serra em direção à baixada santista, caso do Rodoanel e do Complexo Anchieta-Imigrantes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas quer privatizar a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, implantando mais pedágios. Há uma revolta geral não só em Itanhaém, mas em todas as cidades da Baixada, onde o contribuinte já paga uma fortuna de IPTU, que já vem embutido a taxa de coleta de lixo e outros impostos.
No caso de Itanhaém, quem vai ao centro da cidade de carro é obrigado a pagar estacionamento e quem vai de ônibus precisa ter a paciência de Jó, tal a demora dos coletivos.
É sempre bom lembrar que os governantes, quase sempre, são uma lástima, um desastre, na administração pública, não importa se é Municipal, Estadual ou Federal, mas o povo infelizmente não fica atento a esse detalhe.
Voltando ao projeto que pretende privatizar e implantar pedágios na Rodovia que dá acesso a essas cidades, argumentam seus defensores que a arrecadação seria revertida para as cidades da região.
Ora, conhecendo o bando de políticos mequetrefes que temos na política brasileira, não é difícil imaginar para onde será carreado esse dinheiro suado dos cidadãos. Trata-se de mais uma exploração ao povo de bem que está à mercê desses larápios do dinheiro público. A área da saúde é precária, o transporte público é caótico, educação nunca foi prioridade de políticos e a segurança, quando necessária, é falha. Enfim Sr. Governador de São Paulo, a Baixada Santista não precisa de mais pedágios e impostos. Precisa, sim, de investimentos na área social, com trabalho, mais saúde, educação, melhor transporte e segurança para toda a população daquela imensa, próspera e cativante região.
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