terça-feira, 12 de setembro de 2023

MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA - ECONOMIA - VII (PARTE FINAL)


 


MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

ECONOMIA  - VII  (Parte Final)

OUTRAS FONTES DE RIQUEZAS 

Saul Ribeiro dos Santos

📧saul.ribeiro1945@gmail.com


Atualmente, outro fator muito importante para o desenvolvimento desta região é a produção de energia elétrica através dos sistemas de geração eólica (transformação da energia do vento em energia elétrica) e fotovoltaica (transformação da energia solar em energia elétrica). Jornais de todos os países informam que essas serão as fontes geradoras de energia elétrica no futuro. No Brasil a produção de energia eólica já supera a produção das usinas a gás e responde por 8,5% da potência de energia instalada no território nacional. (9) O Estado do Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica com 3,72 megawatts. O Estado da Bahia produz 2,91 megawatts de potência e é o 2° produtor. A instalação de novas torres com cata-ventos prossegue e a capacidade instalada está aumentando.      

A região da Chapada Diamantina poderá se transformar em um grande parque gerador de energia elétrica. Vários Municípios saíram na frente, como é o caso Brotas de Macaúbas, Gentio do Ouro, Ipupiara, Botuporã e outros. O Município de Gentio do Outro está surgindo como um grande polo produtor de energia eólica. Nesta região estão em funcionamento mais de 400 torres geradoras. Estudos apontam que dentro de poucos anos a produção de energia proveniente das fontes eólica e solar poderão fazer triplicar a oferta de energia elétrica no Brasil advindas dessas modalidades. Energia limpa e mais barata. No futuro muito próximo os automóveis serão movidos a energia elétrica.      

Administrar um Município é um grande desafio. Exige responsabilidade e muito interesse no sentido de fazer tudo funcionar de modo satisfatório e levar o Município para o caminho da prosperidade.     Administrar um Município significa enfrentar desafios. Enfrentar e resolver problemas. Obrigatoriamente prefeitos terão que tomar decisões importantes. Economistas e analistas que verificam o desempenho dos administradores públicos orientam, apontam e informam dizendo que prefeitos precisam tomar a direção do desenvolvimento. Afirmam que os gestores de todos os Municípios da Chapada Diamantina precisam sair do trivial, precisam abrir espaço criando condições e dando apoio aos empresários e aos novos empreendedores locais tendo em vista a implantação de empresas nos seus respectivos Municípios. O objetivo é gerar emprego e renda para os jovens e para os chefes de famílias. Significa promover o desenvolvimento local.    

Os Municípios estão inseridos nos preceitos que determinam a Lei de Responsabilidade Fiscal. É a lei n° 101/2000 de 20/04/2000 e textos posteriores. Esta lei tem por objetivo instruir, disciplinar e dar transparência ao controle das contas públicas da União Federal, dos Estados e dos Municípios.     Projetos, planejamentos e leis de natureza fiscal são de difícil elaboração e aprovação. Parlamentares municipais e o povo muito podem fazer para que planejamentos e orçamentos públicos sejam feitos de modo inteligente e produzam os efeitos desejados. Entretanto, se não houver a colaboração dos gestores, dos  parlamentares e do povo; se não houver austeridade no cumprimento do dever, será fácil o enfraquecimento das leis estabelecidas.         

Os gestores dos Municípios desta região não devem cochilar no ponto. Poderá ser que quando acordarem muitas oportunidades já passaram, já foram. Economistas informam que Municípios há que não conseguem obter receitas mensais próprias nem para pagar os salários dos seus administradores eleitos (prefeito e vereadores). Não adianta muito contar com sobra de valores de orçamentos anteriores, mas sim com recursos oriundos do trabalho produtivo no seu território. Há impostos e taxas municipais legais, derivados de atividades produtivas. A instalação e inauguração de pequenas empresas industriais e comerciais gera empregos e produz desenvolvimento. Prefeitos e todos os políticos desta região precisam estimular essas e outras atividades geradoras do desenvolvimento. É possível fazer isso e muito mais.        No Brasil há Municípios que dependem exclusivamente da transferência de recursos oriundos do Governo Estadual e do Governo Federal. Essa posição precisa ser revista pelos respectivos gestores. Não é bom nem convém ficar só no trivial. É necessário mudar e é possível mudar. É necessário melhorar e é possível melhorar. Não há nada tão bom que não possa ser melhorado. Há administradores públicos que se acomodam vendo seus concidadãos jovens e até famílias inteiras indo para outros Municípios e para outros Estados em busca de trabalho. Isso não é agradável nem aceitável. 

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   Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.  



   (9)    Jornal  O Estado de S. Paulo, caderno Economia, pág. B7 do dia 05/08/2018.


SOBRE O AUTOR:

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.

Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das  Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.


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