sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A CARTA

 



A CARTA

(Lendo o Soneto A Carta Interrompida,

de COLOMBINA – 1882-1963)

Filemon Martins


 

A carta interrompi. Ninguém resiste

Que tanto amor acabe desprezado.

Meu mundo colorido ficou triste,

Quando escrevi: - está tudo acabado.


O trauma deste amor inda persiste,

- Por que viver assim amargurado?

A minha mão se agita e ainda insiste

Em terminar o show já começado...


Basta postar a carta já escrita,

Tudo acabou, a vida é só desdita,

Vou aprender viver no meu limite...


No envelope lacrado – quanto medo,

O correio há de levar o meu segredo,

Mas o meu coração já não permite!


 

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