SÚPLICA
ALBA CHRISTINA (SÃO PAULO - SP)
Eu sinto a tua falta, sinto tanto,
e é difícil dizer quanto te quero,
neste tormento em que não mais espero
que um dia possas enxugar meu pranto.
Conheces bem o meu amor sincero,
e este afeto que aceitas sem espanto,
é a doce voz, que com carinho e encanto,
no coração escondo, e não pondero.
E se chegares, algum dia perto
dessa mágoa deveras angustiosa,
deste temor atroz que não desperto.
Suplico, não me peças pra falar
desta afeição que dorme silenciosa,
e que eu não quis, nem pude confessar.
(FANAL Nº 564 - SÃO PAULO - AGOSTO DE 2002)
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