(FOTO DA INTERNET)
NOSTALGIA
JOSÉ OUVERNEY
Desmaia a tarde e a sorrateira brisa,
varanda a dentro, lépida e frugal,
a beliscar meu peito sem camisa
vai desenhando um gesto sensual.
Em lenta despedida o sol desliza,
jorrando sangue sobre o bambual,
e a lua acende a lâmpada, indecisa,
tremeluzindo sobre o meu quintal.
Um pouco mais de espera e surge a noite:
a casa, de repente, tão vazia,
desperta a minha lúdica ansiedade;
e o beliscar da brisa vira açoite,
notadamente quando a nostalgia
bate no peito, e acorda esta saudade!...
(DO SITE FALANDO DE TROVA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário