quinta-feira, 1 de junho de 2023

SONETO DE AMOR

 


SONETO DE AMOR

Filemon Martins


Quando eu a vi debruçada na janela

Olhando quem passava pela rua.

Uma deusa, eu diria e o rosto dela

Admirava outra deusa – a linda lua.


Depois eu a vi andando com cautela

Por caminhos que só o amor cultua.

Nunca mais esqueci, era tão bela

Que ainda hoje a beleza continua...


Mas o sonho acabou e o que mais sinto

É ver meu coração no labirinto

Perdido sem saber o rumo certo.


Quando chegar ao fim da minha rota

Que eu possa superar essa derrota

E seguir pelo mundo já liberto!


(DO LIVRO FLORES DO MEU JARDIM)


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