TROVAS DE MATUSALÉM DIAS DE MOURA *
Sem sono, contando as horas
da noite lerda e silente,
recordo belas auroras
nos raios do sol nascente.
Quando a noite vem caindo,
a lua cheia, na mata,
sobre as folhas reluzindo,
estende um lençol de prata.
A dor que mais nos castiga
é sempre a da solidão
que se disfarça de amiga
para nos levar ao chão.
Chegaste, assim, de repente,
batendo palmas à vida,
e por ser atraente
minha alma foi envolvida.
(LIVRO "BENQUERENÇA", PÁGINAS 24/25)
* Da Academia Espírito-santense de Letras)

Nenhum comentário:
Postar um comentário