RELATOS DE UMA VIAGEM (Parte 2)
Uma viagem pode ser comparada a um curso prático. Quem faz uma viagem pode
colher e acumular conhecimentos e experiências que lhes serão úteis por toda
vida. Uma viagem oferece muitas oportunidades.
Nesta oportunidade vamos prosseguir relatando fatos
da viagem que realizei visitando algumas cidades na parte Centro-Oeste, no
interior do Estado da Bahia. É uma região de encantos mil, principalmente no
período das chuvas. Seus habitantes são um povo trabalhador, gentil e
ordeiro.
Ipupiara é a minha cidade natal. Aliás, nasci no povoado de Lagoa do Barro, bem
perto do então Distrito de Jordão, pertencente ao Município de Brotas de
Macaúbas. Por isso tenho muita afinidade com esse pedaço do Brasil e com o povo
de Ipupiara.
Gosto
de conversar. Uma conversa amistosa traz entendimento e produz bons resultados.
Desta vez também não foi diferente. Conversei com empresários locais, com
vereadores e com as pessoas comuns da cidade. O pastor Clóvis Nogueira me
convidou, foi comigo e mostrou-me a parte interna, instalações e o excelente
auditório da Primeira Igreja Batista, pelo que muito agradeço.
Na segunda-feira dia 10 de novembro almocei na casa do Gideon
Ribeiro, meu primo. Ele e a esposa, Sra. Eva, são gente boa. Fui até a casa do
meu primo Zidoro, no povoado Cuxim, mas só a esposa e sua ajudante estavam em
casa. Estive nas farmácias dos filhos do meu primo em 1° grau, Salomão Ribeiro
– Armirandi, Javane, Noadson e Manoel. Fui encontrado, e conversamos bastante,
com Anfrísio do Hermelino, com Dalino, filho da Da. Venina; e por muitas outras
pessoas. O Município de Ipupiara está cheio de gente boa e
ordeira.
Estive
presente na inauguração da Drogaria Ipupiara, da minha prima Lílian. A
inauguração teve o apoio da CIMED. Foi um dia festivo com muita gente
presente. No momento da inauguração encontrei o Dr. Arides Leite Santos, autor
de vários livros e artigos em jornais. Pelo que foi relatado até aqui já deu
para os leitores perceberem que a viagem foi proveitosa.
Após 5 dias em Ipupiara tomei a decisão de, mais uma vez, esticar a viagem até Xique-Xique. Fui visitar o meu tio Timóteo, que já se encontra em idade avançada. Quando eu estava me preparando para seguir viagem encontrei com o primo Neemias, que é comerciante do ramo de materiais de construção e mora com a família na cidade de Gentio do Ouro. Às 9 horas da manhã do dia 12 de novembro seguimos viagem e a estrada passa por Gentio do Ouro, que é um município com um imenso território, cuja extensão mede mais de 3.600 km². Possui 5 distritos e sua população em 2016 foi estimada pelo IBGE em 11.603 habitantes. Fui até a casa do meu grande amigo Rui Pacheco, mas não o encontrei. Vizinhos informaram que ele estava no garimpo da Malhada. Fomos até a casa do meu primo Ramiro Júnior, que se juntou ao nosso grupo de Ipupiarenses.
Ao
nos aproximar da cidade de Gentio do Ouro fiquei impressionado com a quantidade
de torres geradoras de energia eólica instalada e em funcionamento no
território do Município. É o projeto Serra do Assuruá. As torres com seus
aerogeradores significam oportunidades de desenvolvimento e renda para a
empresa, para o Município e para os proprietários das terras onde estão
instaladas. Na cidade de Gentio do Ouro fomos até a loja da Sra. Sônia, Neemias
e do filho Vinícius, que fica no início da rodovia.
Da esquerda para a direita: Lucas, Jeremias, Ramiro Jr, Vinicius, Sonia e Saul
Após permanecer algum tempo conversando na Loja da
Sra. Sônia, seguimos viagem e começamos a descer a serra em direção a
Xique-Xique. A estrada está bem asfaltada, porém com muitas curvas. Talvez
sejam para suavizar a subida de caminhões e carros. Após o trevo que fica
próximo ao distrito de Santo Inácio, seguimos por 25 km na direção Norte até
atingir a cidade de Xique-Xique. Após esta cidade a estrada toma a direção
Leste rumo a Irecê. Mas já estávamos na cidade do nosso destino e fomos para a
casa do tio.
Percebo
que quem visita esta cidade não pode deixar de ver e admirar dois patrimônios
importantes. 1) a caldeira que está em exposição na praça central da cidade.
Essa caldeira nos primórdios da cidade moveu o gerador para fornecer energia
elétrica para as ruas e casas. 2) o Parque Aquático. Há pelo menos 8 anos eu
visitei o parque e por algum tempo fiquei admirando monumentos e fontes
construídas no parque. Naquela ocasião passei por dentro de um peixe bem grande
(esculpido e feito de cimento). Visitar o parque é uma experiência
impressionante. Esta é uma cidade média do Norte da Bahia e possui uma
população de 45 mil habitantes.
Da esquerda para a direita:
Alzira, Jeremias, Lucas, Ramiro Jr, Timóteo e Saul
Durante a visita ao tio e sua família demoramos
duas horas e meia. Conversamos bastante e tiramos algumas fotos. Em seguida
enfrentamos a estrada para retornar a Ipupiara. Agora foi subindo a serra do
Assuruá. Ao subir a serra parece que as torres com seus aerogeradores e com as
hélices em movimento ficam mais visíveis. Formam uma bonita paisagem. A Bahia
produz 30% da energia eólica no Brasil.
Chegamos
em Ipupiara às 19:10 h. Fui dormir cedo, pois no dia seguinte eu precisava
estar de pé para exatamente às 4 da manhã pegar a VAN que faz a linha
Ipupiara/Barreiras para desembarcar em Ibotirama e entrar em outra VAN com
destino a Bom Jesus da Lapa. Foi o que fiz. Cheguei na porta do hotel em Bom
Jesus da Lapa exatamente às 9:58 horas. No mesmo dia e no dia seguinte pela
manhã fiz algumas visitas necessárias. Fui para a rodoviária e por volta do
meio dia embarquei para São Paulo.
Em todos os lugares por onde andei percebi nos seus habitantes
fortes demandas sociais por melhores serviços públicos às comunidades. Uma
necessidade urgente que precisa ser considerada, precisa ser encarada com
firmeza e coragem pelas autoridades é o abastecimento de água potável para uso
humano em Ipupiara e Brotas. As cidades cresceram e precisam se desenvolver.
Percebemos que as autoridades do Município de Ipupiara, do Município de Brotas
de Macaúbas, do Estado da Bahia e o diretor regional da Embasa precisam se
reunir (sem deixar passar muito tempo) para discutir e planejar ações para a
solução do assunto. Não estamos longe do Rio São Francisco.
O itinerário foi
longo. Após percorrer vários Municípios, fazer planos e somar todas as idas e
vindas desse grande roteiro, a viagem durou exatos 30 dias e foi proveitosa.
Saul Ribeiro dos Santos
Contador e economista aposentado.
Natural de Ipupiara - BA.






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