sexta-feira, 12 de setembro de 2025

ESCASSEZ DE CARÁTER - FILEMON MARTINS

 



 

ESCASSEZ DE CARÁTER

Filemon Martins



É impossível ficar alheio ao que se passa em todo o Brasil, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal. Nestes últimos tempos, a escassez de caráter de nossos deputados, juízes, ministros e políticos em geral tem sido um absurdo. Transformaram-se em déspotas e oportunistas.

Insistem em perpetuar a miséria no país, para terem o controle do poder.

O povo, pobre e desvalido, comemora as esmolas assistenciais. Dizem na propaganda oficial que tiraram milhões da miséria. Quem anda na rua, sabe que é exatamente o contrário, 30 passos e você já encontra sem teto, sem comida, jogado nas ruas e praças, mas se você dialogar, ele recebe o bolsa família, por isso vota no PT.

Deste modo, o país vai descambando para a falência total, sem emprego, sem trabalho e sem educação.
Ao cidadão comum não é dado o direito de entender porque a Justiça permite que a corrupção se alastre em todos os segmentos, com impunidade, acobertando aqueles que se apropriam do dinheiro do povo.   Assim, só nos resta lamentar e protestar contra esses parlamentares, empresários, juízes e ministros, caras de pau, a ponto de obstruírem as investigações, mentirem, omitirem dados num descalabro total de desrespeito ao povo brasileiro e aos cargos que ocupam. Uma pena que alguns eleitores, talvez por interesses obscuros, temporariamente cegos, insistem em não enxergarem o óbvio.
Definitivamente, os políticos brasileiros não são sérios. As exceções, se existem, são tão raras, que, apesar das embrulhadas que o PT e a equipe de Lula fizeram no governo, parece que o eleitor está anestesiado pelo desencanto e pela desesperança que se abateram sobre o Brasil, que se comporta com um “tanto faz, como tanto fez”. Não há diferença entre estes e aqueles que governavam o Brasil, pelo menos é o que se infere do resultado das últimas pesquisas de opinião, se estas pesquisas forem sérias (não manipuladas).

A impunidade tem sido a mola mestra que impulsiona essa engrenagem de corrupção que se alastra por todo o país, sob o olhar complacente de um Judiciário político que se submeteu aos caprichos dos prepotentes e poderosos, daí estar sendo criticado por quase todos os segmentos da sociedade brasileira.

No campo religioso, descobriu-se o chamado “Evangelho de Judas”. Como se sabe, Judas Iscariotes é conhecido, no Novo Testamento, como o Apóstolo que traiu Cristo, entregando-o aos poderosos romanos que o prenderam, julgaram-no e o condenaram à morte. Independentemente da autenticidade do documento, já se difunde a ideia de que Judas não foi um traidor. Segundo o novo Evangelho, apenas obedeceu a ordem superior e, portanto, não traiu Cristo.

Ora, no cenário político brasileiro, muito antes da descoberta deste documento religioso, a turma do Planalto já incorporava essa ideia: mais de 70 parlamentares que receberam altas somas oriundas do valerioduto, de acordo com o Presidente da República e a maioria da Câmara de Deputados, apenas cometeram deslizes, um simples desvio de conduta, mas não são corruptos e não merecem a cassação. Não traíram o mandato que lhes foi outorgado pelo povo.
É melancólico, mas chega-se à conclusão de que somente o povo, através do voto, se não tivesse memória curta, poderia limpar as cadeiras do Congresso Nacional, na esperança de que se possa construir um Brasil sério, um Brasil justo, com oportunidades iguais para todos, sem conchavos, sem protecionismo, mas com honestidade, dignidade e caráter, que anda em falta no mercado dos que mandam no Brasil. Tomara que sejamos abençoados com mais luz, inteligência e seriedade nos próximos anos! Porque até agora estamos na Idade das Trevas.

 


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