DESESPERO
Miguel Russowsky
Amei... Perdi...
(Nem sorte, nem azar!)
Partir... (?) Não
posso. Estou sem rumo agora...
Sucede que não sei
onde chegar...
É falso se dizer: -
Homem não chora!
A noite de um “Adeus”
não tem aurora...
Sem asas, pode
alguém querer voar?
A minha vida, aos
poucos, se evapora...
Não há mulher alguma
no altar.
Rezar...(!?) sequer
me encobre o desespero.
Se as benesses da fé
me dessem ganho,
Eu rezaria até com
muito esmero.
Para uma ovelha,
expulsa do rebanho,
Existem amanhãs em
exagero
E os sonhos
encurtaram no tamanho.
(LIVRO “CANTARES DE UM VULCÃO
QUASE EXTINTO”, PÁGINA 47)

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