segunda-feira, 2 de junho de 2025

DESESPERO - MIGUEL RUSSOWSKY

 



 

DESESPERO

Miguel Russowsky

 

Amei... Perdi... (Nem sorte, nem azar!)

Partir... (?) Não posso. Estou sem rumo agora...

Sucede que não sei onde chegar...

É falso se dizer: - Homem não chora!

 

A noite de um “Adeus” não tem aurora...

Sem asas, pode alguém querer voar?

A minha vida, aos poucos, se evapora...

Não há mulher alguma no altar.

 

Rezar...(!?) sequer me encobre o desespero.

Se as benesses da fé me dessem ganho,

Eu rezaria até com muito esmero.

 

Para uma ovelha, expulsa do rebanho,

Existem amanhãs em exagero

E os sonhos encurtaram no tamanho.

 

(LIVRO “CANTARES DE UM VULCÃO 

QUASE EXTINTO”, PÁGINA 47)


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