O QUE É SER MÃE
José Feldman
(Floresta/PR)
Quando a dor se aproxima, ela é a luz, com um beijo e um abraço, tudo se acalma. Mãe, teu amor é o que sempre traduz na tempestade da vida, és nossa alma.
O sol desponta no horizonte, e o dia começa com um cheiro doce de café fresco e
o som suave de risadas infantis. É o Dia das Mães, uma data que, embora
comemorativa, sempre parece ser um lembrete do que significa ser mãe. Para
muitas, ser mãe é um chamado, uma jornada que começa muito antes do primeiro choro
do bebê e se estende por toda a vida.
Desde o momento em que a
gravidez é anunciada, um turbilhão de emoções toma conta. A alegria e a
ansiedade se misturam, enquanto o corpo passa por transformações. As noites em
claro começam antes mesmo do bebê nascer, com as preocupações sobre o que está
por vir. São os medos que dançam na mente: "E se não for capaz? E se algo
der errado?" Cada movimento do pequeno ser dentro de si é um lembrete do
milagre da vida e da responsabilidade que está por vir.
Quando finalmente o bebê chega, a realidade se instala. As primeiras semanas
são um oceano de noites em claro, com choros e fraldas trocadas em meio a
olheiras profundas. Mas cada sorriso que surge, cada pequeno gesto de carinho,
faz todo o cansaço valer a pena.
Ah, como é doce ver o primeiro sorriso, o primeiro balbuciar de palavras que
ecoam como música no coração. "Mãe" se torna a palavra mais bela que
alguém pode ouvir.
A jornada de ser mãe é, no entanto, um caminho repleto de desafios. A educação
e a criação dos filhos são tarefas que exigem paciência, dedicação e, acima de
tudo, amor. Cada ensinamento é uma semente plantada, e as mães se tornam
jardineiras da vida, cuidando para que essas sementes cresçam saudáveis e
fortes. Elas se preocupam com a alimentação, a educação, as amizades… Tudo isso
enquanto tentam equilibrar o trabalho e as demandas do lar.
Quando os filhos ficam
doentes, o coração da mãe se parte em mil pedaços. As noites em claro se tornam
ainda mais dolorosas, com a angústia de ver a criança sofrendo. É uma batalha
diária, de cuidar, de confortar, de estar presente. E mesmo quando os filhos
crescem e começam a explorar o mundo, as preocupações não diminuem. Cada
machucado, cada queda é um novo motivo de apreensão. A mãe se vê sempre pronta
para oferecer um abraço, um beijo, um remédio e, principalmente, um amor que
cura.
E quando a adolescência
chega, o desafio se intensifica. Os filhos começam a buscar sua identidade, e
muitas vezes, isso significa desviar-se do caminho que as mães imaginavam. As
brigas e desentendimentos são inevitáveis, e o coração materno sente cada uma
das feridas. Mas, em meio a toda a dor, existe algo mais forte: o perdão.
Porque ser mãe é também saber compreender, é aceitar que os filhos são seres
humanos que erram e aprendem. E, assim, mesmo quando fazem escolhas que as
magoam, as mães sempre encontram forças para abraçá-los novamente, com amor
incondicional.
Ser mãe é uma batalha diária, onde o amor e o sacrifício se entrelaçam em um
fio invisível que une gerações. É trabalhar fora e, ao chegar em casa, ainda
ter disposição para brincar, ouvir, entender e apoiar.
É viver em um constante estado de alerta, sempre atenta às necessidades dos
filhos, mesmo quando isso significa esquecer-se de si mesma.
No final do dia, quando
os filhos dormem tranquilamente, a mãe olha para eles e sente que, apesar de
todas as dificuldades, cada lágrima, cada sorriso, cada desafio valeu a pena.
E, mesmo com o coração cansado, ela se sente rica, porque sabe que o amor que
dá é o mesmo amor que receberá de volta, em forma de abraços e sorrisos que
iluminam até os dias mais sombrios.
Neste Dia das Mães, celebramos não apenas a figura materna, mas toda a
complexidade e beleza de ser mãe: a força que vem da vulnerabilidade, a coragem
que nasce do amor e a capacidade de perdoar e recomeçar.
Que cada mãe se sinta
abraçada, valorizada e reconhecida, pois o que fazem vai além do dia a dia;
elas moldam o futuro com seu amor incondicional.


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