terça-feira, 8 de abril de 2025

POEMA SEM NOME - FILEMON MARTINS

 




POEMA SEM NOME

Filemon Martins



 
Fui buscar na memória da saudade

o arrulho da juriti, no pé da serra,

o canto do sabiá, nas mangueiras do pomar,

quando havia ainda floresta sobre a Terra.

 

Fui buscar na prece da tarde

a ternura do sol em pleno Ocaso.

Fui buscar o perfume da rosa

que, sorrindo no jardim,

torna a paisagem mais radiosa.

Busquei também nos passarinhos

que saltitam, em seus ninhos,

a canção dos amantes.


Busquei a luz no brilho das estrelas,

aquela mais brilhante e resplendente,

aquela luz dos teus olhos.

Busquei a fé, que renasce na alma do poeta,

quando sonha, quando ama, quando crê.


Busquei a plenitude da vida

nas vibrações do amor

quando o céu fica mais perto.

E, mesmo estando no deserto,

sinto que estou num prado tranquilo,

numa paisagem verde, deslumbrante,

onde ouço misteriosamente o som de um violino

e me reencontro enamorando o Mundo

em busca do meu sonho e do meu destino!

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