O
POVO ESTÁ DECEPCIONADO
A
maior parte dos nossos políticos sabe fazer propaganda enganosa e sabe como
enganar o povo. Há poucos meses, conversando com um senhor idoso, em Salvador,
ele falou o seguinte: ‘Se os nossos políticos não querem tomar vergonha na
cara, o povo toma e dá uma lição neles’.
Decepção significa desapontamento. Pois é. O povo
brasileiro e especialmente a parte dos mais pobres está decepcionada com os
políticos. Claro que existem umas poucas exceções entre os políticos, ainda
bem. O povo está decepcionado porque percebe que o governo gasta muito e por
vezes gasta mal o dinheiro do contribuinte. O povo está decepcionado com o
governo, pois a cada semana os preços dos alimentos estão mais caros na feira e
no supermercado. O povo está decepcionado por não ver avanços na melhoria na
área da saúde pública, não vê melhoria significativa nas obras de saneamento
básico de qualidade e em outras esferas que afetam a vida dos cidadãos. Será
que está genuinamente preocupado com a população?
O
Brasil tem um povo bom e ordeiro, mas está sendo enganado por grande parte da
classe política. Isso acontece em todos os níveis. Sejam deputados, senadores,
governadores e vai até o cargo mais alto. Ao andar pelas ruas e praças das
cidades grandes ou pequenas, ouve-se o clamor das pessoas dizendo: estou
decepcionado(a). E não é para menos, pois há muitos desvios de dinheiro,
muitas notícias de corrupção.
O
povo está perdendo a esperança nos seus representantes eleitos. Quando
verificamos os últimos dez anos, percebemos que o nosso país pouco mudou e em
alguns casos mudou para pior. Muitos políticos que foram eleitos e estão
investidos do poder não defendem com todo vigor, com toda garra os interesses
da população. Geralmente nos meses que antecedem as eleições eles aparecem,
visitam cidades, entram em casas de famílias, participam de festas, tomam e
pagam cafezinhos. E o pior: pagam até pinga.
Verifique e pergunte aí no seu bairro ou na sua cidade o que os cidadãos
acham da condução da política brasileira. Atualmente, por meio das redes
sociais, da internet o povo está informado. Atualmente empresários e o povo
percebem que para conseguir um empregado(a) disposto a trabalhar está muito
difícil. Tá muito difícil, mas não é porque a situação do mercado de trabalho
seja de pleno emprego.
Ao
andar por cidades grandes e pequenas percebemos a presença predominante de
pequenos comerciantes. Todos manifestam o desejo de crescer, prosperar e criar
empregos. O que é necessário para ajudar as pequenas empresas no Brasil? O
mundo das pequenas empresas abrange lojas comerciais, pequenas indústrias,
pequenos produtores rurais, pequenas prestadoras de serviços etc. Esses
empreendimentos precisam se consolidar como empresas e assim poderem gerar
emprego e renda para a população.
Os
políticos que dominam o poder precisam dar resposta a uma pergunta que todo
pequeno empresário faz: O que o governo tem feito, sem demagogia e sem
promessas vazias, para ajudar o pequeno empresário? Alguns empresários falam
quo o Brasil precisa de segurança jurídica empresarial. Nas décadas dos anos
1970 e 1980 a China tomou providências, ajudou pequenos e grandes empresários,
isentou de impostos as pequenas empresas, facilitou a contratação de empregados
e o resultado mostra o que é a China hoje, na economia e na tecnologia.
Se
a pergunta do parágrafo anterior fosse feita a um economista, a um
administrador de empresas ou a um técnico no assunto, certamente teríamos
várias respostas, mas todas estariam se encaixando com prioridade dentro da
seguinte frase:
O governo precisa diminuir os seus próprios gastos
com propaganda e com pessoal, precisa diminuir impostos nas costas dos
contribuintes e investir em obras de infraestrutura nas regiões mais
necessitadas.
Ainda me lembro bem de um grupo de pessoas conversando, há dois anos,
numa praça em Bom Jesus da Lapa, quando foi dito que é necessário lubrificar
a engrenagem da administração pública. Pois é, meu dileto leitor: Na
verdade, as engrenagens da política e do serviço público precisam ser azeitadas
para girar melhor e criar condições para o Brasil gerar emprego e renda,
melhorando assim e especialmente para as classes trabalhadoras.
Saul
Ribeiro
Contador e economista aposentado.
Natural de Ipupiara – BA.
SOBRE O AUTOR:
SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro,
Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais.
É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel
Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em
Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de
Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.
Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos
das Regiões da Chapada Diamantina e do
Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o
objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.
Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em
2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.

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