segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

COLUNA DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

 



 

COLUNA DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

 

Nascido em uma família de poetas, Filemon Francisco Martins é antigo leitor e colaborador desta coluna. Dedicado ao soneto e à poesia livre, trovador experiente, apreciado cronista e articulista, pesquisador paciente e responsável.

Filemon Martins é autor de vários livros, entre os quais “Anseios do Coração” (2011), com poemas, sonetos e trovas; “Fagulhas” (2013), ensaios e “Sonetos e Trovas” (2014).

Com o advento da internet, Filemon Martins passou a publicar seus versos e assim também de outros autores, no Blog Literário do Filemon e, eventualmente em sua página no Facebook.

Seus versos são sonoros, bem metrificados, com técnica perfeita, e expressam criatividade e talento.

Espírito inquieto está sempre em busca de novas formas e experiências literárias, e, em seu livro mais recente, realiza curiosas “Escadas de Trovas” e “Grinalda de Trovas”, quando glosa outros poetas ou seus próprios quartetos.

Filemon Martins explica: “A Escada de Trovas é composta por quatro quadras, a partir de uma a que chamamos de “mãe”. Então, de baixo para cima, construímos uma nova trova, utilizando sempre a sequência de um verso da trova ‘mãe’.  Esclarece: A Grinalda de Trovas também é construída com quatro quadras, utilizando-se sempre o primeiro verso da trova ‘mãe’ no final da estrofe e começo de outra trova”. Eis um exemplo seu, glosando a própria trova:

GRINALDA DE TROVAS - CRIANÇA

(1ª)

Quero um mundo de ventura,

Mundo de paz, meu anelo,

Porque do amor, da ternura,

-         Nenhum poema é mais belo.

(2ª)

Nenhum poema é mais belo

Quando o amor dá segurança,

O mundo vira um castelo

E inspira tanta esperança.

(3ª)

E inspira tanta esperança

Este quadro que revelo:

Nenhuma paz é tão mansa

Do que um sorriso singelo.

(4ª)

Do que um sorriso singelo

Nunca nos foge a lembrança,

Vejo assim sem paralelo

No rosto de uma criança.

TROVA MÃE

Nenhum poema é mais belo

E inspira tanta esperança,

Do que um sorriso singelo

No rosto de uma criança.

Filemon Martins

 

(JORNAL O RADAR, TEXTO DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO, EM MARÇO DE 2016)


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