SONETO DO FILEMON
O GRITO DO POETA
No meu viver de cidadão, proscrito,
carrego a dor imensa do Universo.
Meu canto desolado traz, aflito,
as tristezas do mundo controverso.
De desespero clamo, sofro e grito,
tudo em vão, pois o povo está imerso
na inépcia política do mito,
- não compreende mais o que é perverso.
A Esperança se esvai a cada aurora,
o poder corrompido se agiganta,
parece não haver outra saída...
Meu protesto, em verdade, não tem hora,
minha voz de poeta não espanta
os vendilhões da Pátria adormecida!
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