domingo, 14 de abril de 2024

O GRITO DO POETA

 




SONETO DO FILEMON

O GRITO DO POETA


No meu viver de cidadão, proscrito,

carrego a dor imensa do Universo.

Meu canto desolado traz, aflito,

as tristezas do mundo controverso.


De desespero clamo, sofro e grito,

tudo em vão, pois o povo está imerso

na inépcia política do mito,

- não compreende mais o que é perverso.


A Esperança se esvai a cada aurora,

o poder corrompido se agiganta,

parece não haver outra saída...


Meu protesto, em verdade, não tem hora,

minha voz de poeta não espanta

os vendilhões da Pátria adormecida!

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