REMORSOS
Odir Milanez da Cunha
Que fiz da vida que nasceu comigo?
Por que o remorso pesa em meu passado?
Por que não me arrisquei ante o perigo,
para criar o que não foi criado?
Poderia ter sido mais amigo,
amar demais e ser bem mais amado,
poderia ter dito o que não digo
ou, em vez de dizer, ficar calado…
Dos dias me esqueci do entardecer.
Agora só me resta conhecer
que o futuro presente me reclui.
Se nas horas dos dias de crescer
eu sonhava com o que queria ser,
hoje sonho em ter sido o que não fui.
2ª colocação no Concurso Talentos da Poesia (2009)
(FONTE: AVBAP - VIA E-MAIL)
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