TALVEZ SIM, TALVEZ NÃO
Paulo Nunes Batista
Nesta última página, devia
escrever algo ungido de Ternura,
que tivesse esse aroma de Doçura
e esse gosto inefável de Poesia.
Faltam-me entanto as Asas da Magia
para alcançar no sonho a Luz mais Pura.
E sempre sobram uns restos de Amargura
para empanarem as graças da Alegria.
Talvez eu seja aquela sombra inútil,
um gesto à toa, uma palavra fútil,
um vaga-lume em plena escuridão.
Mas, fico assim, a cogitar-me às vezes,
no reticenciar desses talvezes,
talvez que seja assim, mas, talvez não...
(FICCIONISTA E POETA, CRÍTICO E CORDELISTA, RESIDIA EM ANÁPOLIS - GO)
(JORNAL DO ENÉAS, Nº 19, NOVEMBRO DE 2007 - PÁGINA 05)

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