DEPURAÇÃO
Artêmio Zanon (poeta catarinense)
Este meu mundo inútil, enigmático,
em meditares venço-o sendo ascético
- nele encontrando em gênero o caótico -
que sei de meu destino apocalíptico.
Conduzo-me sereno, marasmático,
na senda nóctua de um sonhar morfético
enquanto arredo-me a um viver exótico
de mim firmando-me consciente crítico.
Não me atormentam horas de infortúnio
que a alma entende de amor e sacrifício
e sei onde encontrar o meu oráculo.
A poesia é meu templo e sustentáculo:
- meu dia é sempre lúmino solstício
e a noite sempre acende o plenilúnio.
(ESTRO Nº 108, ANO 2006, PÁGINA 02, EDITOR MIGUEL J. MALTY)
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