SONETO
Elmo de Paula Araújo (Além Paraíba - MG)
Minha existência sempre foi marcada
por dores, frustrações e desatinos.
Contudo, eu nunca me queixei de nada,
cumprindo humildemente o meu destino.
As ilusões de amor foram fanadas,
e o som que vem do badalar dos sinos
é como uma canção agoniada,
entoada por espíritos malinos.
Perdi de minha mãe os acalantos,
e a imensidão do meu contido pranto
exprime bem os males que sofri.
Porém me resta na alma torturada
um orgulho que a faz retemperada:
- Em momento nenhum me corrompi!
(A FIGUEIRA, Nº 102, ABRIL/2002, PÁGINA 7, EDITOR ABEL B. PEREIRA)
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