(IMAGEM DA INTERNET)
OS PARDAIS
Arlindo Castor de Lima (1917 - 2007)
Na minha rua, inúmeros pardais
pousam, em bandos, sobre o calçamento
procurando pedrinhas e alimento
na falta da abundância dos trigais.
Depois que o sol já não clareia mais
e a rubra luz se esvai no firmamento,
vão-se os pardais, como um lençol cinzento,
às árvores, unidos em casais.
Então, como em corais maravilhosos,
eles cantam seus cantos mais ruidosos,
oferecendo madrigais divinos.
É o canto universal da liberdade
que só os pássaros fruem em realidade
e a cantam com seus bicos pequeninos.
(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL, 1981 - 4º VOLUME, PÁGINA 52, ORG. DE APARÍCIO FERNANDES)

Nenhum comentário:
Postar um comentário