(EUGÉNIO DE SÁ)
VIDA SEM ALMA
Eugénio de Sá (Poeta português)
Alma minha gentil, apaixonada
Lembro-te inda comigo arrebatada
Naqueles arrebóis de Portugal...
És mesmo tu? - Não te reconheço!
Duvido se terás novo endereço
Sinto-te a falta como de mar e sal.
Trazes tanta tristeza à minha pena
Ao descrever-te agora tão pequena
Afinal o que foi que aconteceu?
Encolhida no canto da saudade
Trocaste o brilho pl’a obscuridade
Perdeste do fulgor, o apogeu!
Quero devolver-te o halo que eu amava
E que d’ amor e arte te dotava
Como animar-te? - Que hei de eu fazer
P’ra cantar em poesia a tua glória?
Como farei p'ra recriar a história
Deste corpo sem ti, e a morrer?
(FONTE AVBAP)

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