ROSAS
Glória Guedes Di Paizzin
Quando lhe foi ofertado rosas
Delicadas, sublimes, amenas.
A truculência as despetalaram
Tomadas por coisas pequenas.
Não resistiram aos vendavais.
Aos tempestuosos raios flamejantes.
Como o dito popular:
- Quem planta vento colhe tempestade.
É certo, é óbvio, claro, ululante.
A poesia não era concreta.
Se bem, que os brutos, também podem amar.
Subjetividades, ternura, docilidades
São patamares que não conseguem alcançar.
As flores não cultivadas morrem.
Morreram
Como era de se esperar.
Brotaram muros, ervas daninhas.
Lodo, limbo, abandonadas, sozinhas.
Eram flores.
Murcharam, o vento as levou pra longe.
Quem sabe encontre outro jardim, outro monge.
Que com delicadeza as saiba cultivar.
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