sábado, 29 de julho de 2023

ROSAS

 


ROSAS
Glória Guedes Di Paizzin

Quando lhe foi ofertado rosas
Delicadas, sublimes, amenas.
A truculência as despetalaram 
Tomadas por coisas pequenas.

Não resistiram aos vendavais.
Aos tempestuosos raios flamejantes.
Como o dito popular:
- Quem planta vento colhe tempestade.
É certo, é óbvio, claro, ululante. 

A poesia não era concreta.
Se bem, que os brutos, também podem amar. 
Subjetividades, ternura, docilidades 
São patamares que não conseguem alcançar.

 As flores não cultivadas morrem.
Morreram 
Como era de se esperar. 
Brotaram muros, ervas daninhas. 
Lodo, limbo, abandonadas, sozinhas.
Eram flores. 
Murcharam, o vento as levou pra longe.
Quem sabe encontre outro jardim, outro monge. 
Que com delicadeza as saiba cultivar.


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