LIBERTO

 

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LIBERTO

Lurdez Castelhin

 

Livre e solto o “Coração”

Viu-se liberto das garras

Que o prendia à razão!

Ah... sabia ele que podia

Criar devaneios e fantasias

Armou-se, vestindo-se do presente.

De repente, correu para o jardim

Colhendo jasmim!

Ah... estava apaixonado,

Nem mesmo um cercado

Ou fronteira existiria

Nada o deteria...

Iria distribuir puro amor...

De tal embriaguez já tomado

Iria... sem temor!

Aromas poéticos levaria

Inspirado em aquarela;

Dentre as rosas havia aquela

Pétalas rubras que diz;

Sou a cor da paixão!

Minha cor está também

No raro vinho tinto

Exuberante emoção...

Faço parte dos enamorados

Que não sentem as horas

Não vês a embriaguez dos ponteiros

Que já estão encantados?

Sei, ficará feliz, leva-me junto a ti ...

Tudo isso se fez no dia

Quando a tal razão foi dormir!

SOBRE A AUTORA:

Lurdez Castelhin, pseudônimo de, M.L.F, teve, aos dez anos de idade, o prazer de ser picada por alguns escritos do magnífico Camões, experiência que fermentou em sua essência até 1990, quando começou a escrever timidamente. Guardou suas obras e poemas por quinze anos. Mais tarde descobriu o Recanto das Letras e passou a mantê-los lá. Lurdes é a sétima de uma família de onze filhos e nasceu em – SP, famosa terra da garoa e destino do bravo casal de alagoanos, que migraram com seus três primeiros filhos em busca de melhorias. Atua como professora de Numerologia Pitagórica e é a única poetisa da família. Entende que seus escritos são, na verdade, mensagens dos momentos em que corpo, alma e espírito alinham-se e deixam transbordar um pouco da essência de luz do (in) consciente, já, que devido à limitação da mente, torna-se impossível o comunicar do todo! Define seu gênero literário como poesia livre. Suas obras, inspiradas por imagens e experiências, são transportadas para um refúgio mental depois de sofrer um processo de maturação e aprendizado, que ao fermentar, explode em versos. Ama a simplicidade da vida e, aos animais.