(FOTO DO MEU ACERVO)
COSME VELHO
MÁRIO RIBEIRO MARTINS (1943/2016)
Quando contemplo as tuas obras primas,
escritor imortal, de que me ufano,
eu não tenho nas minhas pobres rimas
um termo que te cante e seja humano.
Do Romantismo sufocaste as cimas
com coragem tal qual de veterano,
pregaste o realismo com seus climas
pelo teu verbo forte e soberano.
Como se fosses ser divino-humano,
passaste humildemente pelo mundo
vencendo os homens com vigor profundo.
Mas como não venceste o teu engano,
morreste então, sem fé, sem evangelho,
no rico casarão do COSME VELHO.
(Letras Anapolinas, páginas 394)
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