A SERRA DO CARRANCA
Carlos Araújo
Pra mim
O vento não vinha do sul
Muito menos do norte
O vento vinha era da Serra do Carranca!
Pra mim
A manhã não trazia o sol
E seus raios brilhantes
O sol vinha era da Serra do Carranca!
Pra mim
A noite não trazia a lua
E São Jorge radiante
Quem trazia a lua era a Serra do Carranca!
Pra mim
A chuva não vinha só das nuvens
Trazidas pelos ventos
Nas tardes quentes de dezembro
A chuva vinha era da Serra do Carranca!
Pra mim
A prata não era a prata
Metal valioso e brilhante
A prata era a lagoa que eu via,
Todos os dias, na Serra do Carranca!
Pra mim
O frio não era do clima
Daquelas noites de junho
Quem trazia o frio, nas festas de São João,
Era a brisa que vinha da Serra do Carranca!
Pra mim
A Serra do Carranca
Não era pedra, barro, floresta e areia
Era poesia, magia – encantada!
Era o prolongamento do Céu
Da querida Ipupiara!
SOBRE O AUTOR:
CARLOS ARAÚJO nasceu em Ipupiara, Bahia.
Foi alfabetizado na Escola Batista de Ipupiara. Com 16 anos mudou-se para Ibotirama, às margens do Velho Chico. Formou-se contador. Por concurso público, tornou-se funcionário do Banco do Brasil, tendo tomado posse na cidade maranhense de Pedreiras. Foi professor do ensino médio e também do primeiro grau. Hoje curte a vida de aposentado, mas está ativo no campo da Literatura, como escritor e da Música, como compositor. Foi um dos criadores do FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR DE IBOTIRAMA. Em parceria com Lamartine Araújo editou IBOTIRAMA CAPITAL DO CÉU e IBOTIRAMA E AS CANÇÕES DE AGOSTO, já em parceria com Edson Ferreira e Edvaldo Pereira. Escreveu e publicou, entre outros, MILAGRE NA CHAPADA-ROMANCEIRO DA CHAPADA DIAMANTINA, O DONO DO SANTO DA CHAPADA-ROMANCE e O PROFETA DO JORDÃO. Como compositor, atualmente em parceria com Reginaldo Bello, já está no 5º CD, ou seja de vento em popa. É casado com Cleonice Simões e pai de Mônica, Camila e Fernanda Braga.
Reside em Ibotirama (temporada) e Salvador, Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário