sexta-feira, 28 de abril de 2023

UM OLHAR POLÍTICO E SOMBRIO SOBRE O BRASIL

 


(IMAGEM DA INTERNET)

UM OLHAR POLÍTICO E SOMBRIO SOBRE O BRASIL
Filemon Martins

Não se tem a pretensão de monopolizar a verdade, mesmo porque a verdade é relativa, depende de circunstâncias, depende de ponto de vista, depende do momento e do ângulo em que observamos os fatos. No episódio bíblico do julgamento de Cristo, conforme os evangelhos, Pilatos perguntou a Jesus: - Que é a verdade? Hoje, minha verdade pode não ser a mesma de amanhã. Além do mais, a minha verdade pode não ser a dos outros, especialmente quando estou convencido de que minha opinião e somente minha opinião é a verdade.
Há fatos que acontecem no dia a dia que não podem ser contestados. É o caso, por exemplo, do que está ocorrendo com o Brasil. Após aquela enxurrada de imundícies que vieram à tona, na investigação da Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula foi acusado,  julgado e condenado pela Justiça Federal a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, não obstante um bando de advogados para defendê-lo. Por unanimidade, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) mantiveram a condenação da Justiça Federal e aumentaram a pena de prisão para doze anos e um mês.
Um pouco depois desse ponto entrou em cena um ministro do STF e alegou que a Justiça Federal de Curitiba não era competente para julgar processos contra o ex-presidente, que poderiam estar tramitando em São Paulo. Um leigo como eu imagina que crime é crime e os crimes cometidos, não importa se são no NORTE, NORDESTE,  CENTRO-OESTE, SUL OU SUDESTE.  Se foram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre ou em quaisquer cidades brasileiras, continuam sendo crimes.  Para um cidadão leigo e pacato o ministro, embora sozinho, tomou a decisão imitando a Pôncio Pilatos que atuou no julgamento de Cristo. Entrelinhas chamou de incompetentes (incompetente no Direito tem outro significado), não só a Justiça Federal de Curitiba, como, igualmente os desembargadores da 8ª turma do TRF4. 
É possível que a decisão do ministro do STF tenha respaldo na Lei, mas provavelmente está ancorada em seus postulados que todos conhecemos e que deu origem à sua indicação pela presidenta Dilma Rousseff, em 14 de abril de 2015.
Depois dessa desastrosa decisão do ministro, ninguém se manifestou. Sérgio Moro é ex-juiz federal, agora é senador da República pelo Paraná, o TRF4 de Porto Alegre, quedou-se mudo e os pares do ministro do STF, concordando ou não com a decisão monocrática e oportunista, nada disseram.
E agora o Brasil está às voltas com um governo, cujo sonho e objetivo único é inscrever todo brasileiro no ¨FOME ZERO¨. Para quem conhece as intenções do grupo político que assumiu o poder, nada será surpresa. Já estava registrado no  roteiro de terror, caso a volta ao poder se concretizasse, como acabou ocorrendo.  
O povo brasileiro em geral tem memória curta, eu diria curtíssima, porque há muito tempo já pipocavam várias denúncias de corrupção em prefeituras de algumas cidades administradas pelo PT, como Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, principalmente nas áreas de lixo e transportes públicos, além de projetos prejudiciais ao trabalhador.
Nossa esperança seria o povo, que através do voto  poderia expurgar esses maus políticos da vida pública do Brasil. Sem nomear culpados, é possível apontar falhas dos partidos políticos na apresentação de candidatos aos cargos eletivos. E é justamente essas agremiações políticas que apresentam candidatos fichas sujas, sem moral, ética e honestidade. 
Assim, o eleitor ingenuamente escapa de um e cai na armadilha do outro. É fundamental que os partidos políticos sejam responsáveis ao indicar seus candidatos, expurgando de seus quadros os farsantes que infestam a política e ficam espreitando algum momento propício para roubar o povo, sob os olhos, até agora complacentes da Justiça Brasileira.




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