ACRÓSTICO
PARA EULÁLIA
JERRY
SANTOS
Eflúvio
de bondade e de real fulgor,
Um
misto de mulher, de arcanjo ou querubim,
Lírica,
donairosa e de vero esplendor,
Afável,
influente, esplendorosa... enfim,
Louvável
criatura, abnegada e exemplar,
Imagem
transparente e concreta de AMOR –
Apreciada
mulher – a glória do seu lar. –
Meritória
patrícia, amada e excepcional,
Adentrada
no Bem... Na sua profissão,
Resoluta,
intransigente, esforçada e pontual,
Temário
da poesia e a rima em profusão,
Inolvidável
MÃE, gentil e mui discreta...
Notável
pela garra, a fibra e a nobre ação –
Símbolo
da mulher virtuosa – grande esteta –
Denodada
enfermeira, a servir, a lutar...
Emérita
mulher modesta e singular!
Sensível
criatura estimada em geral,
Orgulho
da família e deste nosso chão,
Um
presente de Deus, o bom Pai Celestial,
Zênite
em gentileza e em divina emoção –
Autêntica
mulher, esbelta, nobre e ideal!
Ipupiara,
Bahia, 07 de fevereiro de 1996.
SOBRE O AUTOR:
JEREMIAS RIBEIRO SANTOS (JERRY SANTOS), nasceu em
Ibitunane, Bahia, a 30/09/1926, filho de Manoel Ribeiro dos Santos e Maria
Emília Ribeiro Martins (Iaiá Maria, como a gente a chamava carinhosamente).
Foi lavrador e certa ocasião
quando trabalhava na roça foi picado por uma cobra jararaca e quase perdeu a
vida. Iniciou o tratamento lá na Bahia e veio para São Paulo sentindo os
efeitos do veneno da cobra e aqui continuou o tratamento entre 1957 e 1960.
Nesse período, trabalhou em algumas empresas, entre as quais, a Fábrica de
Brinquedos Estrela, hoje falida. Retornou à Ipupiara, Bahia, onde se tornou
professor primário, tendo trabalhado como fiscal na Pref. de Ipupiara. Mas
nunca deixou seu trabalho na lavoura. Poeta e trovador, participou ativamente
de Antologias, como ANUÁRIO – COLETÃNEA DE TROVAS BRASILEIRAS, 1981, organizado
pelo saudoso poeta pernambucano Fernandes Vianna. Marcou presença no ANUÁRIO DE
POETAS DO BRASIL, 1981 – 3º volume, de Aparício Fernandes, Rio de Janeiro.
Escreveu FAÍSCAS LÍRICAS (trovas) e POESIAS (sonetos e versos sacros), que, no
entanto, permaneceram inéditos.
Algumas de suas trovas: ¨Sob a
bandeira do amor, / escudado na esperança, / vai com fé, o trovador/ mostrando
força e pujança. O condor – águia real/ sobrevoa a imensidão. / Do vate, voa o
ideal/ nas asas da inspiração¨.
Recebeu homenagem póstuma de José
Feldman, do Paraná, editor de Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes,
inserido na Internet, com publicação de diversas trovas, como essa: ¨NAS ASAS
FORTES DA TROVA, MANDO A CADA TROVADOR UM APERTO DE MÃO, QUE PROVA A FORÇA DO
NOSSO AMOR¨.
Citado no livro ¨IPUPIARA &
IBIPETUM¨, de Arides Leite Santos, páginas 96/98, onde transcreve fragmento de
um poema autobiográfico:
¨Não pude ir além do primeiro ano
primário,
pois só seis meses tive o ensejo
de estudar...
Contudo, neste belo e místico
cenário,
tento ler, escrever, falar e
versejar,
vibrando minha lira e doce
companheira,
que ao meu lado sorri e canta a
vida inteira!
Assim, sem o fascínio oriundo do
saber,
com o estro que me deu tão
dadivosas mãos...
Nestes meus versos sem arte e
perfeição,
um pouco do meu Eu deixo hoje
aparecer,
feliz cantando com real satisfação,
grato a Deus - fonte de veraz
inspiração".
Foi casado com Guiomar Ribeiro
Martins, com quem teve os filhos: Jeremias Ribeiro Filho (falecido), Gasparino
Martins Neto, Laurentina Martins Santos (Lalinha – professora e poetisa),
Carlos Alberto Ribeiro Santos, Mário Ribeiro Santos, David Wilson Ribeiro
Santos, Jônatas Ribeiro Santos, Rubens Ribeiro Santos (falecido), Guiomar
Martins Santos Mota (professora), Mary Ruth Martins Santos, Noemia Isabel
Martins Santos e Maria Janete Martins Santos.
Faleceu a 30/04/1999 em Ipupiara,
onde foi sepultado.
Agradecimentos à sua filha
Laurentina pelas informações que me foram prestadas.