TROVAS – COLUNA DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO, JORNAL O RADAR, DE
ABRIL DE 1999.
Jeremias Ribeiro Filho, ou melhor, JERRY FILHO, como passou a se assinar
literariamente, é um velho amigo de “Trovas” de que foi destaque em 10/06/79. E
agradece à coluna pelo incentivo, pois “a semente que foi plantada germinou, e,
agora, já se tornou uma árvore frutífera”. Conta-nos, que, de lá para cá, vem
obtendo várias classificações em concursos de trovas e participando de alguns
livros, como “Anuário de Poetas do Brasil” – 1988, “Anuário Coletânea de Trovas”,
de 1979/80/81, “Antologia Del Secchi” – 1997, “5ª Antologia A Figueira” – 1997.
Em 1982, lançou um cordel: “ABC DE IPUPIARA”.
É membro da Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras, de
Anápolis/GO, Centro Lítero Cultural e Artístico de Felgueiras, Portugal; Ordem
Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel; União Brasileira de Trovadores,
de São Paulo, além de outras.
Para Jerry Filho, “A trova é rica mensagem/ que nos toca o coração,
/ remédio que dá coragem/ no instante da indecisão”. Quanto à inspiração,
responde com uma trova de seu pai, Jeremias Ribeiro dos Santos: “Nas letras não
sou perito, /primária é minha instrução, / em Deus – Poeta infinito, / acho a
Luz da inspiração”.
Casado com Jardilina Rodrigues Novais desde 1983, Jerry Filho
trabalha há dez anos na Cobrave/SP (Concessionária Mercedes Bens), na qual lida
com venda de peças. Em sua terra natal, Ipupiara/BA, onde nasceu em 21/12/1950,
foi professor primário municipal.
Jerry Filho vem de uma família de poetas, pois, além de seu
genitor, cultivam a trova o tio Carlos Ribeiro Rocha, a irmã Laurentina Martins
dos Santos e os primos Mário R. Martins, Filemon Martins e Samuel P. Ribeiro.
Escolha um solo fecundo,
prepare-o com muito ardor,
e com fervor mais profundo
plante a semente do amor.
Jerry Filho
Vejo a prova fulgurante
de um Poder que não tem fim,
numa estrela – bem distante,
na vida – dentro de mim.
Carlos Ribeiro Rocha
Aquele que quer na vida
pensar somente em ter sorte...
Não lembra, com tanta lida,
que tudo acaba com a morte.
Laurentina Martins dos Santos
Com olhos fitos no chão,
você só vê a tristeza.
Levante a cabeça, irmão,
e contemple a natureza!
Mário R. Martins
A distância é que nos mata
porque vem logo a saudade;
saudade – presença ingrata
de antiga felicidade.
Filemon Martins
Amigos: guardem de cor
e viverão satisfeitos:
nossa vitória maior
é vencer nossos defeitos.
Samuel P. Ribeiro
NOTA DO BLOG LITERÁRIO DO FILEMON:
Jeremias Ribeiro Filho faleceu em 19/05/2015, em Ipupiara, Bahia.

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