TROVAS DE HUMBERTO DEL MAESTRO *
Eu canto as dores do mundo,
as dores que não tem fim...
Canto de um modo profundo
porque estão dentro de mim.
Olhando a noite estrelada,
que me deixa tão feliz,
me empolga a brisa gelada
e o céu, com traços de giz.
De noite a chuva cai forte,
não se vê no céu a lua,
e aproveito e tiro a sorte
nas poças d'agua da rua.
Cheguei ao mundo sem nada,
sem mochila, sem vintém,
e vou numa gargalhada,
sem precisar de ninguém.
(LIVRO "POEMAS E PENSAMENTOS", VOLUME 3, PÁGINA 20)
* Da Academia Espírito-santense de Letras

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