CHUVA
Matusalém Dias de Moura *
Contemplo, da janela, o céu nublado,
escuro e carregado o dia inteiro,
prestes a desabar em aguaceiro,
regando, de esperança, o chão lavrado
que espera, há tanto tempo, inanimado,
a chuva que o transforme num celeiro,
garantindo um porvir alvissareiro
ao homem que trabalha esperançado.
E assim que a água vier, a pradaria
enfeitará o mundo de alegria
e brotará, da terra, o pão da vida,
cuja semente, ali depositada,
há de ser por nós todos bem regada
até vir a colheita pretendida...
(LIVRO "SONETOS INSONES", PÁGINA 17)
* Da Academia Espírito-Santense de Letras

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