SÓ PALAVRAS...
Filemon Martins
É bom relembrar o discurso de Lula, no ano 2000: “O empresário tem que ter medo
do PT, pessoas que degradam o meio ambiente têm que ter medo do PT, pessoas que
praticam corrupção têm que ter medo do PT, aqueles que querem manter relações
com o Estado entrando pela porta dos fundos têm que ter medo do PT.”
Com este e outros discursos do mesmo teor, Lula chegou à
Presidência da República. O povo, embalado pelo sonho de viver num País melhor,
mais justo e mais humano, votou para mudar o Brasil.
O povo cumpriu a sua parte votando e elegendo aquele que parecia estar, pelo
menos naquele momento, ao lado dos trabalhadores, dos desesperançados, dos
pobres e desvalidos, mas infelizmente assim que o PT assumiu, não demorou
muito, as promessas de moralidade, ética e decência feitas ao longo de muitos
anos de luta, foram substituídas para satisfazer a sede de poder e a elite,
sempre atrelada às benesses do poder, incapaz de um gesto nobre que pudesse
beneficiar o povo brasileiro.
Lula já cumpre o terceiro mandato como presidente, mas
a miséria está estampada em todas as cidades brasileiras: pequenas, médias e
grandes. O exército de miseráveis só tem aumentado. Ainda assim nada tem sido
feito para melhorar a vida destas pessoas. Ao contrário, assim que o novo
governo se instalou, foi possível constatar o descontentamento do povo através
dos servidores públicos federais, dos aposentados e dos que produzem em geral,
bombardeados com reformas e medidas prejudiciais aos trabalhadores.
Confisco que começou com descontos de 11% em 2002, com o indigitado “Mensalão”
do Lula. Mas agora, dos servidores federais aposentados e pensionistas
continuam descontando 16% dos salários.
Já estamos em 2025, mas o governo e seus aliados ainda se debatem
num mar de lama e de escândalos que vêm à tona aos borbotões em toda a
administração sob a batuta do governo petista. Só não vê quem não quer. Não há
dúvidas de que as propinas (mensalão) pagas pelo PT a alguns deputados da base
governista e aliados, conforme o ex-deputado Roberto Jefferson (cassado), naquela
época, serviram para aprovar tudo o que era prejudicial aos servidores públicos
federais e pensionistas, além de outros projetos nocivos ao Brasil trabalhador.
Evidentemente, tudo o que foi aprovado até agora está sob suspeita. Mas este seria
um assunto para os Ministros do Supremo Tribunal Federal, se não fossem eles, em
parte, os causadores do caos estabelecido no Brasil de hoje. Pela propaganda
oficial e pelas entrevistas de nosso mandatário, parece que o sonho principal do
governo é que todos os brasileiros estejam cadastrados no Programa Fome Zero ou
inscritos no exército de miseráveis que andam pelas ruas de pires na mão.
Pior é imaginar que estes representantes do povo, no Congresso
Nacional e aqueles que foram indicados para o Supremo Tribunal Federal fazem
deboche e piadas das reações do povo que não tem para quem recorrer.
Os maus deputados e seus comparsas continuarão suas ações ilegais
causando prejuízos aos cofres públicos, cujos reflexos são o aumento da
desigualdade social, violência, o caos na saúde pública, na educação, na
Previdência, segurança e o abandono das estradas brasileiras, entre outros.
Este cenário é desanimador, porque o Brasil é um País imenso e rico, com um
povo ordeiro, trabalhador e bom, mas a insensibilidade e a ganância dos
políticos e administradores é de estarrecer.
Observe-se que 2026 é ano eleitoral. Até lá haverá muitas promessas
para o eleitor desprovido de mínima cultura. Só palavras. Acorda, Brasil!
Só palavras …” Terrivelmente ideológicas … contra Lula e o PT.
ResponderExcluirNenhuma palavra: PL, Bolsonaro, PIX, R$ 40 milhões na conta, rachadinhas, dinheiro vivo, orçamento secreto, tentativa de golpe de estado, anistia a golpistas, ataques a ministros da Suprema Corte …
Com todo respeito, caro Filemon, não é de “Só Palavras…” que tu tratas aqui, mas de um posicionamento ideológico notoriamente antipetista, anti lulista, talvez sem que o autor o assuma como tal. Me desculpe, como antibolsonarista assumido que sou, não consegui me manter inerte diante deste seu texto.
Caro Arides, obrigado por ler e comentar o texto "Só palavras". De fato, expressei meu ponto de vista sobre um político que foi condenado a 9 anos por um juiz federal, cuja sentença foi confirmada e aumentada para 12 anos por Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Fato consumado. Com relação aos temas que você sugeriu, como PL, Bolsonaro, Pix, R$ 40 milhões na conta, rachadinhas, dinheiro vivo, orçamento secreto, tentativa de golpe de estado etc são, por enquanto, narrativas que carecem de provas concretas, processo legal e julgamento. Você sabe melhor que eu: há um princípio jurídico fundamental que garante a Presunção de Inocência a toda pessoa acusada de determinado crime, já que é considerada inocente até que sua culpa seja provada de forma irrefutável num processo judicial justo. Não este que corre aí, eivado de erros e ilações. Ao Estado cabe o ônus da prova. O Estado ou quem quer que seja não pode considerar alguém culpado, sem julgamento e condenação. Quanto aos adjetivos usados, posso afirmar que sou e assumo. O escriba aqui foi, no inicio, petista. Até escrevi textos e trovas quando ainda não conhecia o político Lula. Exemplo: "Ao som das ondas do mar, com trabalho e competência, o Brasil quer prosperar com Lula na Presidência"! Como vê, fui petista e imaginava que outro político de São Paulo, o Paulo Maluf era imbatível em corrupção e trapaças. Mas, com a ascensão de Lula e sua equipe ao Poder, constatei que estava equivocado. Aquele, o Paulo Maluf, comparado ao Lula, é aprendiz. Grande abraço, Filemon.
Excluir