Eu já estava
em São Paulo e trabalhava no jornal Folha de S. Paulo, quando a 7 de janeiro
de 1970, meu pai nos deixou. Uma parada cardíaca o levou aos 55 anos de idade.
Escrevi, na época, alguns versos, entre outros, este soneto. 55 anos se
passaram, mas sua presença continua marcante.
MEU PAI (IN MEMORIAM)
À memória de
meu pai, Adão Francisco Martins, cujo exemplo devo a minha formação e a quem trago
presente a cada instante da minha vida, incrustado na ternura e na saudade do
meu coração.
Ele era bom; amigo verdadeiro,
a todos demonstrava o mesmo amor.
Em vida foi exemplo brasileiro
no sofrimento atroz, na própria
dor.
Amante do saber, humilde obreiro,
da Esperança e do Bem foi
pregador.
Viveu para servir, foi
companheiro
e em tudo quanto fez, foi
professor.
Ele morreu; toda a cidade chora,
não há mais alegria como outrora,
só existe a tristeza e o
dissabor...
E o céu pra recebê-lo foi-se
abrindo,
porquanto ele morreu, morreu
sorrindo,
e sorrindo partiu para o Senhor!

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