sábado, 9 de agosto de 2025

MEU PAI - FILEMON MARTINS

 



Eu já estava em São Paulo e trabalhava no jornal Folha de S. Paulo, quando a 7 de janeiro de 1970, meu pai nos deixou. Uma parada cardíaca o levou aos 55 anos de idade. Escrevi, na época, alguns versos, entre outros, este soneto. 55 anos se passaram, mas sua presença continua marcante.

 

MEU PAI (IN MEMORIAM)

À memória de meu pai, Adão Francisco Martins, cujo exemplo devo a minha formação e a quem trago presente a cada instante da minha vida, incrustado na ternura e na saudade do meu coração.

 

Ele era bom; amigo verdadeiro,

a todos demonstrava o mesmo amor.

Em vida foi exemplo brasileiro

no sofrimento atroz, na própria dor.

 

Amante do saber, humilde obreiro,

da Esperança e do Bem foi pregador.

Viveu para servir, foi companheiro

e em tudo quanto fez, foi professor.

 

Ele morreu; toda a cidade chora,

não há mais alegria como outrora,

só existe a tristeza e o dissabor...

 

E o céu pra recebê-lo foi-se abrindo,

porquanto ele morreu, morreu sorrindo,

e sorrindo partiu para o Senhor!

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário