domingo, 1 de junho de 2025

ALGUMAS EXPLICAÇÕES... - FILEMON MARTINS

 



     ALGUMAS EXPLICAÇÕES...

Filemon Martins

 

    “ANSEIOS DO CORAÇÃO” não nasceu hoje. Foi concebido desde que eu me descobri poeta. Composto por sonetos, trovas e alguns poemas, escritos em lugares e momentos diferentes da vida. Desde a época do colégio, sempre fui admirador do soneto, de Bocage, Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Guilherme de Almeida, Miguel Russowsky, Eno Theodoro Wanke, Cecim Calixto, Carlos Ribeiro Rocha, entre outros.

    A trova também sempre me fascinou, especialmente, nos tempos atuais quando o leitor não dispõe de tempo para a leitura de poemas extensos. A trova exige síntese, é curta e não toma o tempo de quem a lê. Os poemas, talvez, sejam mais “modernos e fáceis”, principalmente para quem cultiva a poesia clássica. Sem o Classicismo (que me desculpe os modernistas) não haveria a poesia “moderna”. Quem domina o Clássico, transita confortavelmente pelo “moderno”, não há dúvida.

    A poesia é uma arte atemporal, tal como a música ou qualquer outra arte o é. E a arte não se define. No entanto, entendo que o poeta deve ser testemunha do seu tempo e buscar, tenazmente, o âmago da palavra para exprimir seus sentimentos, suas emoções, que não mudaram. Continuam as mesmas: dor, tristeza, saudade, amor, desilusão, esperança, morte, felicidade e até a poesia de protesto, já que os nossos políticos continuam exatamente os mesmos...        Meus versos – dirão alguns críticos – já estão ultrapassados e pertencem a uma escola em extinção. Pode ser, mas, e quem não está ultrapassado? A informática e a tecnologia que o digam. Ocorre que o amor, a mola mestra que impulsiona os sonhos da mocidade e os arroubos da juventude, é a força propulsora da emoção, do coração e a poesia nada mais é do que a manifestação do Amor, da Natureza, de Deus, do Belo, do Espírito, enfim sentimentos que todos nós temos ou já tivemos. São, por fim, ANSEIOS DO CORAÇÃO.

    Se, porventura, algum leitor encontrar alguma afinidade com o que escrevi nestes versos, meu coração de poeta já estará satisfeito.

 

    Filemon F. Martins

    Itanhaém, 2011.

        


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