ALGUMAS EXPLICAÇÕES...
Filemon Martins
“ANSEIOS
DO CORAÇÃO” não nasceu hoje. Foi concebido desde que eu me descobri poeta.
Composto por sonetos, trovas e alguns poemas, escritos em lugares e momentos
diferentes da vida. Desde a época do colégio, sempre fui admirador do soneto,
de Bocage, Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza,
Guilherme de Almeida, Miguel Russowsky, Eno Theodoro Wanke, Cecim Calixto,
Carlos Ribeiro Rocha, entre outros.
A trova também sempre me fascinou, especialmente, nos tempos
atuais quando o leitor não dispõe de tempo para a leitura de poemas extensos. A
trova exige síntese, é curta e não toma o tempo de quem a lê. Os poemas,
talvez, sejam mais “modernos e fáceis”, principalmente para quem cultiva a
poesia clássica. Sem o Classicismo (que me desculpe os modernistas) não haveria
a poesia “moderna”. Quem domina o Clássico, transita confortavelmente pelo “moderno”,
não há dúvida.
A poesia é uma arte atemporal, tal como a música ou qualquer outra
arte o é. E a arte não se define. No entanto, entendo que o poeta deve ser testemunha
do seu tempo e buscar, tenazmente, o âmago da palavra para exprimir seus
sentimentos, suas emoções, que não mudaram. Continuam as mesmas: dor, tristeza,
saudade, amor, desilusão, esperança, morte, felicidade e até a poesia de
protesto, já que os nossos políticos continuam exatamente os mesmos...
Se, porventura, algum leitor encontrar alguma afinidade com o que
escrevi nestes versos, meu coração de poeta já estará satisfeito.
Filemon F. Martins
Itanhaém, 2011.
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