sábado, 31 de maio de 2025

QUEM FOI FELICIANO AMARAL? - MÁRIO RIBEIRO MARTINS

 




INFORMAÇÕES FORNECIDAS
PELA ALINE FRANÇA, DO RIO DE JANEIRO, em 19.02.2012, A QUEM ESTE AUTOR AGRADECE.

QUEM FOI FELICIANO AMARAL?

Mário Ribeiro Martins



Feliciano Amaral nasceu na Cidade de Miradouro (20 de outubro de 1920) no Estado de Minas Gerais. Filho de Júlio Augusto do Amaral e de Palmira Maria da Conceição, foi músico, sapateiro e cantor popular, o que podia ter sido o maior da época, conhecido como o rouxinol do Brasil,  o maior cantor da rádio brasileira, conhecido pela excelência e  especificidade da voz, que emanava do peito livremente, sem esforço.  
A voz era de timbre alto, sem ser efeminada, potente no seu alcance mas de sonoridade maviosa, doce, limpa, pelo que se tornou conhecido no exterior, notadamente nos USA, convidado sempre para gravar nas grandes gravadoras da época, resistiu.  
Converteu-se, ainda jovem aos vinte e três anos de idade quando de sua casa podia ouvir o culto da igreja Batista e os hinos. Contrariando a proibição paterna, dirigiu-se até a igreja convertendo-se, ao cristianismo protestante, apregoou-se no Brasil, que a rádio perdia o seu rouxinol.  Foi batizado em 7 de março de 1943, na Igreja Batista de Muriaé. Em 1947 casou-se com Elza Rocha do Amaral, com quem permanece até  a presente, como diz o AUTOR desta biografia, COMPANHEIRA DE SEMPRE.  
Já na cidade do Rio de Janeiro, estudou Teologia no Seminário Teológico Betel. Pastoreou várias igrejas inclusive a Primeira Igreja Batista da Pavuna, onde foi seminarista.
Começou as atividades como cantor evangélico em 1948, viajando por todos os Estados do Brasil a convite das igrejas evangélicas, o que pode ser reconhecido como cantor interdenominacional, atendia, indiferentemente, pedidos para cantar nas igrejas de qualquer denominação cujo repertório abrangia hinos que pela compilação e editora do hinário especificavam as denominações, quais sejam: hinos do Cantor Cristão dos batistas; Harpa Cristã, Assembleia de Deus, e o Melodias de Vitória da Editora Metodista e muito cantado pelos adventistas.  Podendo, sem medo de errar,  dar em prognóstico a gravação de mais de 1000 (mil) hinos gravados, em solos, coral fixo do repertório e  igrejas gravando ao vivo.
Feliciano Amaral também está no Guiness Book como o cantor evangélico que está há mais tempo em atividade no mundo, e também como o mais longevo cantando, completando este ano 92 (noventa e dois) anos de idade em plena campanha pelo Brasil, na certeza, de que Deus o chamou para esta missão, conforme introduz seu momento de louvor e que “cantar é o que sabe”, acompanha sua introdução a leitura  do Salmo 146;1-2: Louvai ao Senhor. Ó minha alma, louvai ao Senhor.  Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu viver. No meio evangélico, depois de Feliciano Amaral atuando como cantores vieram Luiz de Carvalho (gravando o 1º LP evangélico em 1958, intitulado "Musical Boas Novas"), Edgar Martins (in memórian), Josué Barbosa Lira (in memórian), autor da canção "Só o Senhor é Deus", Victorino Silva, dentre muitos outros pioneiros da música evangélica desta época.
Feliciano Amaral também tem hinos de sua autoria  e interpretou canções como: "Oração de Davi", "Céu aberto", "O mar", "Ao meu Redor", "Finda-se este Dia","O Rosto de Cristo", "Rio Profundo", "Sou Filho do Rei", A Face Adorada", "uma Flor Gloriosa", "O Jardim de Oração" entre outras, algumas versões cantadas pelo Elvis Presley e alguns quartetos gospel, “Paz no vale”. Um clássico mundialmente cantado “Senhor meu Deus quando eu maravilhado” e tantos outros.
Em 2003 Feliciano Amaral recebeu um reconhecimento público, quando completou 83 anos, uma Moção de Aplausos e Congratulações da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A homenagem foi requisitada pelo deputado Aurélio Marques, como reconhecimento pela dedicação de Feliciano Amaral à obra de Deus e à música cristã.
Em 2007, o cantor gravou o primeiro DVD ao vivo de sua carreira, em Recife, na Igreja Missionária Canaã do pastor Geziel Gomes.
Em 2010, 22 de novembro,  foi homenageado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Plenário Teotonio Villela, de iniciativa do vereador Paulo Messina, sob o título  “– FELICIANO AMARAL. Um adorador da verdade”, evento que o Rio de Janeiro e as igrejas batistas, com apresentação especial na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, na Frei Caneca, Centro, talvez a mais antiga do Brasil.  
Teve ainda o prazer,  o que lembrou com muita oportunidade, a pianista Leuzi Soares Figueira,  que estava presente naquele culto, a primeira a acompanhá-lo, especialmente, para o hino que não somente  se tornou um clássico mas o ícone, o carro chefe de suas apresentações.  
A pianista, Dra.Leuzi, tendo iniciado sua missão nesta PIB, em 1944, a convite do Dr. João Filson Soren, continua em plena atividade no serviço de Deus. Toda essa  festa foi para comemorar os 90 anos de idade, a serviço do Rei.
Como não pode faltar ao seu curriculum de grande servo de Deus, não somente como Pastor mas emprestando o seu Talento – a voz -, participou de grandes cruzadas evangelísticas pelo Brasil afora, inclusive de Homens que arrastavam grande contingente de evangélicos e outros, falamos do americano Billy Graham.  Para terminar seus dias o casal escolheu a cidade do  Recife. Parece que o casal teve cinco filhos.
O cantor Feliciano Amaral faleceu em 7 de julho de 2018, aos 98 anos.

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