terça-feira, 29 de abril de 2025

MALDADE - SONETO DE OUTRORA - FILEMON MARTINS

 



MALDADE

Filemon Martins



Eu conheço o teu péssimo desejo,
mas não sei a razão de ser assim,
eu, que somente para ti almejo
venturas mil num paraíso, enfim.

Felicidade e paz qual doce beijo
como quiseras ter até o fim,
e muito amor na tua vida eu vejo
como se desejasses para mim.

Pois, eu quero colher, na realidade,
o que plantei na minha mocidade,
no silêncio da minha inspiração.;

porquanto, neste mundo tão ingrato,
nada ficou daquele nosso “trato,”
levaste até meu pobre coração!

Nenhum comentário:

Postar um comentário